O ciclismo (Mountain bike, BMX, Cicloturismo etc) é um dos esportes com
menor índice de lesões. Na grande maioria das vezes,
as lesões ocorrem por estresse de treinamento (overtraining) em ciclistas de
competição. Em ciclistas que pedalam por prazer, as lesões em geral aparecem em
função do mau ajuste da bicicleta e/ou uso inadequado da bike.
Em profissionais são
comuns as tendinites de joelho, no Tendão de Aquiles, dores na
região lombar, na cervical e dos músculos do trapézio.
Principais
lesões e como evitá-las:
QUEDAS:
A maior incidência de lesões no ciclismo é decorrente de quedas e acidentes.
Utilizar sempre os equipamentos de segurança sendo o mais importante o capacete
e observar as regras de segurança no trânsito, respeitar as leis, transitar com
atenção e conduzir a bike de maneira a evitar acidentes preventivamente.
TENDINITES
NO JOELHO: O movimento de pedalar é feito
principalmente pelo Quadríceps mais
especificamente pelo Vasto medial. Uma pedalada com técnica errada ou pedalada
com muita sobrecarga (subidas, pedaladas travadas) vai sobrecarregar esta
musculatura e pode causar lesões. Escolha o tamanho de quadro correto para seu
tamanho. Observe as regulagens e ajustes para seu corpo. Evite pedalar em
marchas muito pesadas para não sobrecarregar os joelhos. Realizar aquecimentos antes
e alongamentos depois dos exercícios.
LOMBALGIA:
São as dores lombares, mais conhecidas como dores nas costas. Em geral é
decorrente da posição mal ajustada do ciclista sobre a bike. Os músculos que
podem ser afetados são os Paravertebrais, Multífidos, Quadrado Lombar, Glúteos,
Piriforme e Isquiotibiais. O mais comum é a dor na região do músculo do
quadrado lombar (fica entre a primeira vértebra lombar até a segunda vértebra
sacal, conhecidas como L1 e S2). A escolha do tamanho do quadro e as regulagens
corretas podem evitar as lombalgias.
Realizar alongamentos
diários e após os exercícios.
Pedale por um período
de tempo que não cause dores nas costas. Vá aumentando este tempo
gradativamente. Cada um tem o seu limite.
Faça exercícios
abdominais. Um abdomen fortalecido é fundamental para a sustentação e
estabilização do corpo do ciclista sobre a bike.
LESÕES
MUSCULARES: Ocorre principalmente no Tríceps sural
e nos quadríceps, em geral por, overuse (excesso de uso). Alongue-se
diariamente e após os exercícios.
Procure praticar
musculação para promover o fortalecimento dos grupos musculares envolvidos no
ciclismo.
Procure descansar
depois de treinos muito árduos e de competições. O descanso deve fazer parte de
seu treinamento.
PARESTESIA
PENIANA: Nada mais é que a dormência e falta de
sensibilidade na região entre as pernas, que vai apoiada no selim da bike. Nas
mulheres ocorre a parestesia dos grandes lábios. O nervo pudendo quando
submetido a uma compressão por longo período de tempo, passa a ter menor sinal
de impulso nervoso, o que leva a perda de sensibilidade temporária. Não há
relatos de perda de potência devido ao ciclismo. Cada um deve conhecer o limite
de tempo que pode ficar sentado sobre a bike. Profissionais treinam até 9 horas
por dia numa boa. Para iniciantes, apenas 20 minutos pode gerar incômodos.
Use bermuda de ciclismo
com o forro feito de uma espuma de alta densidade, mesmo em aulas de ciclismo
indoor.
Procure adquirir um
selim vazado no centro que ajuda a aliviar a pressão nessa região.
FACIITE
PLANTAR: É a sensação de queimação na planta do pé, dor na
parte posterior da sola do pé ao tocar o chão. Geralmente o pior momento da dor
acontece durante os primeiros passos pela manhã ou durante o início da corrida.
Dentre os fatores predisponentes encontram-se a falta de alongamento e
aquecimento, mais comum em pés cavos, obesidade, pronação e supinação
excessivas e idade avançada.
Procure usar sapatilhas
próprias para ciclismo.
Evite usar calçados com
sola muito mole.
TRATAMENTO:
O mais importante é
estar atento ao sinais que nosso corpo nos envia. Ao menor sinal de dor, o atleta
deve procurar a ajuda de um médico competente que saberá indicar o melhor
tratamento.
A fisioterapia se
encarrega de cuidar e recuperar a maioria das lesões utilizando
Eletrotermoterapia, Cinesioterapia, Mecanoterapia, Técnicas Manuais e etc...
O repouso com simples
afastamento do ciclista da atividade esportiva, ajuda
bastante na recuperação.
Utilizar equipamentos específicos para a prática do
esporte.
Sempre procurar orientação de profisssionais
capacitados e fundamentados para a prática do esporte.
Postado por: Dr. Rogerio Nascimerto
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