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sábado, 16 de junho de 2012

AS PRINCIPAIS LESÕES NO CICLISMO




O ciclismo (Mountain bike, BMX, Cicloturismo etc) é um dos esportes com menor índice de lesões. Na grande maioria das vezes, as lesões ocorrem por estresse de treinamento (overtraining) em ciclistas de competição. Em ciclistas que pedalam por prazer, as lesões em geral aparecem em função do mau ajuste da bicicleta e/ou uso inadequado da bike.

Em profissionais são comuns as tendinites de joelho, no Tendão de Aquiles, dores na região lombar, na cervical e dos músculos do trapézio.


Principais lesões e como evitá-las:

QUEDAS: A maior incidência de lesões no ciclismo é decorrente de quedas e acidentes. Utilizar sempre os equipamentos de segurança sendo o mais importante o capacete e observar as regras de segurança no trânsito, respeitar as leis, transitar com atenção e conduzir a bike de maneira a evitar acidentes preventivamente.

TENDINITES NO JOELHO: O movimento de pedalar é feito principalmente  pelo Quadríceps mais especificamente pelo Vasto medial. Uma pedalada com técnica errada ou pedalada com muita sobrecarga (subidas, pedaladas travadas) vai sobrecarregar esta musculatura e pode causar lesões. Escolha o tamanho de quadro correto para seu tamanho. Observe as regulagens e ajustes para seu corpo. Evite pedalar em marchas muito pesadas para não sobrecarregar os joelhos. Realizar aquecimentos antes e alongamentos depois dos exercícios.

LOMBALGIA: São as dores lombares, mais conhecidas como dores nas costas. Em geral é decorrente da posição mal ajustada do ciclista sobre a bike. Os músculos que podem ser afetados são os Paravertebrais, Multífidos, Quadrado Lombar, Glúteos, Piriforme e Isquiotibiais. O mais comum é a dor na região do músculo do quadrado lombar (fica entre a primeira vértebra lombar até a segunda vértebra sacal, conhecidas como L1 e S2). A escolha do tamanho do quadro e as regulagens corretas podem evitar as lombalgias.
Realizar alongamentos diários e após os exercícios.
Pedale por um período de tempo que não cause dores nas costas. Vá aumentando este tempo gradativamente. Cada um tem o seu limite.
Faça exercícios abdominais. Um abdomen fortalecido é fundamental para a sustentação e estabilização do corpo do ciclista sobre a bike.

LESÕES MUSCULARES: Ocorre principalmente no Tríceps sural e nos quadríceps, em geral por, overuse (excesso de uso). Alongue-se diariamente e após os exercícios.
Procure praticar musculação para promover o fortalecimento dos grupos musculares envolvidos no ciclismo.
Procure descansar depois de treinos muito árduos e de competições. O descanso deve fazer parte de seu treinamento.

PARESTESIA PENIANA: Nada mais é que a dormência e falta de sensibilidade na região entre as pernas, que vai apoiada no selim da bike. Nas mulheres ocorre a parestesia dos grandes lábios. O nervo pudendo quando submetido a uma compressão por longo período de tempo, passa a ter menor sinal de impulso nervoso, o que leva a perda de sensibilidade temporária. Não há relatos de perda de potência devido ao ciclismo. Cada um deve conhecer o limite de tempo que pode ficar sentado sobre a bike. Profissionais treinam até 9 horas por dia numa boa. Para iniciantes, apenas 20 minutos pode gerar incômodos.
Use bermuda de ciclismo com o forro feito de uma espuma de alta densidade, mesmo em aulas de ciclismo indoor.
Procure adquirir um selim vazado no centro que ajuda a aliviar a pressão nessa região.

FACIITE PLANTAR: É a sensação de queimação na planta do pé, dor na parte posterior da sola do pé ao tocar o chão. Geralmente o pior momento da dor acontece durante os primeiros passos pela manhã ou durante o início da corrida. Dentre os fatores predisponentes encontram-se a falta de alongamento e aquecimento, mais comum em pés cavos, obesidade, pronação e supinação excessivas e idade avançada.
Procure usar sapatilhas próprias para ciclismo.
Evite usar calçados com sola muito mole.


TRATAMENTO:

O mais importante é estar atento ao sinais que nosso corpo nos envia. Ao menor sinal de dor, o atleta deve procurar a ajuda de um médico competente que saberá indicar o melhor tratamento.

A fisioterapia se encarrega de cuidar e recuperar a maioria das lesões utilizando Eletrotermoterapia, Cinesioterapia, Mecanoterapia, Técnicas Manuais e etc...

O repouso com simples afastamento do ciclista da atividade esportiva, ajuda bastante na recuperação.

       Utilizar equipamentos específicos para a prática do esporte.

 Sempre procurar orientação de profisssionais capacitados e fundamentados para a prática do esporte.



Postado por: Dr. Rogerio Nascimerto

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Carboidratos e Desempenho Atlético

                          


Edward F. Coyle

Embora poucos discordem de que os carboidratos sejam um componente vital na dieta dos atletas, ainda há dúvidas sobre como tirar o maior proveito deles através da dieta.

Os amidos encontrados nos vegetais e cereais são digeridos e absorvidos pela corrente sangüínea em forma de glicose, o único tipo de carboidrato utilizado diretamente pelos músculos para obtenção de energia.

A sacarose (açúcar de mesa) é desdobrada em glicose e frutose durante o processo absortivo no intestino delgado, onde todos os carboidratos são ingeridos.

Quando o glicogênio é degradado no músculo, a energia pode ser liberada em taxas capazes de permitir uma aceleração metabólica de até 150% da captação máxima de oxigênio. Em comparação, a energia obtida de gorduras não pode ser liberada de modo suficientemente rápido para permitir que uma pessoa se exercite em níveis além de 50% da captação máxima de oxigênio (corrida lenta). O principal "combustível" para o exercício intenso é o glicogênio muscular, não a gordura. Quando a concentração de glicogênio muscular é normal, a energia presente é mais do que suficiente para abastecer os treinos da maioria dos atletas e outras atividades com 90-120 min. de duração. Após 1h a 3 h de corrida contínua, ciclismo ou natação, há 65-80% da captação máxima de oxigênio, ou após sprints (80-95% ou mais da captação máxima de oxigênio), as reservas de glicogênio muscular podem ser depletadas. Aparentemente, o consumo de alimentos com carboidratos durante tais exercícios melhora o desempenho, uma vez que fornecem uma fonte adicional de energia.

A ingestão de carboidratos durante o exercício retarda a fadiga em até 30-60 min., ao permitir que os músculos em atividade dependam, basicamente, da glicemia para a obtenção de energia ao final do exercício e não poupando o glicogênio muscular. Embora os atletas possam ficar hipoglicêmicos, ou seja, apresentar um quadro de baixa glicemia, menos de 25% sofrem de sintomas, como tonturas e náuseas. A maioria dos atletas costuma apresentar, em primeiro lugar, fadiga muscular local. O consumo de carboidratos não evita a ocorrência de fadiga, apenas a retarda.



Carina Ferreira de Melo e Marília Cremonezi