quinta-feira, 13 de setembro de 2012

ALIMENTAÇÃO DOS PEQUENOS



      A hora de comer muitas vezes deixa a mãe extremamente nervosa e preocupada, vamos entender melhor como fazer isso da maneira mais adequada?! Lembrando sempre que cada caso é um caso e muitas vezes o ideal é buscar ajuda mais aprofundada e específica para o seu caso.


         Em muitas ocasiões, os pais, com um grande desejo de que a criança esteja bem nutrida, fazem da hora de comer o momento de mais tensão na casa, com angústia, ansiedades e reprovações às condutas da criança em relação ao alimento.

       As crianças têm sabedoria natural diante de suas necessidades fisiológicas.

       A fome, que é a normal demanda do alimento, é diferente do apetite, que é o normal desejo de satisfazer o desejo.
A conduta alimentícia necessita de um guia e ninguém melhor que a mãe para valorizar este feito de grande importância no crescimento físico e emocional do filho.

Quando a criança não quer comer

- A hora da refeição deve ser agradável para a criança. Evite condicionar o castigo:  se não come tudo o que tem no prato...

- Ajude à criança diante da percepção da comida. Sirva-lhe no prato maior a mesma quantidade de comida, de modo que perceba pouca comida dentro do seu prato.

- Pode motivá-la a colocar a mesa, deixar que ela mesma se sirva, decida e tenha autonomia sobre seus gostos alimentares.

- Sempre que puder, permita-lhe que coma com seus pais para que se aproprie aos hábitos alimentares da família, assimilando a conduta e modelos desta.

- Quando possível permita que ela coma sozinha ou que coloque a mão no que está comendo. Essas atitudes deixam a criança mais entretida no que está fazendo e a deixa mais perto do alimento tornando assim uma hora gostosa em seu dia.

Não pretenda que a criança coma a mesma quantidade de alimento que você. Deixe que ela decida e coma a quantidade que necessita para satisfazer sua fome e desenvolver de forma saudável seus gostos.

COMO ALIMENTAR UMA CRIANÇA:
·         Dar somente leite materno até os seis meses, sem oferecer água, chás ou qualquer outro alimento (ofereça outro tipo de alimento somente quando for indicado por um médico ou nutricionista).

- O leite materno contém tudo que o bebê precisa até o 6º mês de vida, inclusive água, além de proteger contra infecções. O leite materno contém quantidade de água suficiente para as necessidades do bebê, mesmo em climas muito quentes. A oferta de água, chás ou qualquer outro alimento sólido ou líquido, aumenta a chance do bebê adoecer, além de substituir o volume de leite materno a ser ingerido, que é mais nutritivo.

·         A partir dos 6 meses, oferecer de forma lenta e gradual outros alimentos.

- A partir dos  6 meses, o organismo da criança já está preparado para receber alimentos diferentes do leite materno, que são chamados de alimentos complementares.
- A alimentação complementar, como o nome diz, é para complementar o leite materno e não para substituí-lo. A introdução dos alimentos complementares deve ser lenta e gradual. O bebê tende a rejeitar as primeiras ofertas do(s) alimento(s), pois tudo é novo: a colher, a consistência e o sabor.

·         A partir dos 6 meses, dar alimentos complementares três vezes ao dia, se a criança receber leite materno, e cinco vezes ao dia, se estiver desmamada.

·         A alimentação complementar deve ser oferecida sem rigidez de horários, respeitando-se sempre a vontade da criança.
- Crianças amamentadas no peito, em livre demanda, desenvolvem muito cedo a capacidade de auto-controle sobre a ingestão de alimentos, aprendendo a distinguir as sensações de saciedade após as refeições e de fome após períodos sem oferta de alimentos. É importante a mãe distinguir o desconforto da criança com fome de outras situações como: sede, sono, frio, calor, fraldas molhadas ou sujas. Não se deve oferecer comida, ou insistir para que a criança coma, quando ela não está com fome.

·         A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher; começar com consistência pastosa (papas/purês) e, gradativamente, aumentar a consistência até chegar à alimentação da família.
- No início da alimentação complementar, os alimentos oferecidos à criança devem ser preparados especialmente para ela. Os alimentos devem ser bem cozidos. Nesse cozimento deve sobrar pouca água na panela, ou seja, os alimentos devem ser cozidos apenas em água suficiente para amaciá-los.
- Ao colocar os alimentos no prato, amasse-os bem com o garfo e a consistência deverá ter o aspecto pastoso (papa/purê). Não há necessidade de passar pela peneira e nem bater no liquidificador.

·         Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida.

·         Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições.

·         Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas, nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação.

- É comprovado que a criança nasce com preferência para o sabor doce; no entanto, a adição de açúcar é desnecessária e deve ser evitada nos dois primeiros anos de vida.
 - Até completar um ano de vida, a criança possui a mucosa gástrica sensível e, portanto, as substâncias presentes no café, enlatados e refrigerantes podem irritá-la, comprometendo a digestão e a absorção dos nutrientes, além de terem baixo valor nutritivo. Deve ser evitado o uso de alimentos industrializados, enlatados, embutidos e frituras, que contenham gordura e sal em excesso, aditivos e conservantes artificiais.

·         Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantir o armazenamento e a conservação adequados.

- Quando a criança passa a receber a alimentação complementar aumenta a possibilidade de doenças diarréicas que constituem importante causa de adoecimento e morte, entre as crianças pequenas.
- Para uma alimentação saudável, deve-se usar alimentos frescos, maduros e em bom estado de conservação. Os alimentos oferecidos às crianças devem ser preparados pouco antes do consumo.

·         Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação.

- As crianças doentes, em geral, têm menos apetite, ingerindo menos alimentos e gastando mais energia devido à febre. Por isso, devem ser estimuladas a se alimentarem, no entanto, não devem ser forçadas a comer.
- Se a criança estiver sendo amamentada exclusivamente no peito, aumentar a frequência da oferta, várias vezes ao dia. O leite materno é o alimento que a criança aceita melhor.

Postado por: Christiana Nastari
                     http://br.guiainfantil.com



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