A hora de comer muitas vezes deixa a mãe extremamente nervosa e preocupada, vamos entender melhor como fazer isso da maneira mais adequada?! Lembrando sempre que cada caso é um caso e muitas vezes o ideal é buscar ajuda mais aprofundada e específica para o seu caso.
Em muitas
ocasiões, os pais, com um grande desejo de que a criança esteja bem nutrida,
fazem da hora de comer o momento de mais tensão na casa, com angústia,
ansiedades e reprovações às condutas da criança em relação ao alimento.
As crianças têm sabedoria
natural diante de suas necessidades fisiológicas.
A
fome, que é a normal demanda do alimento, é diferente do apetite, que é o normal
desejo de satisfazer o desejo.
A conduta alimentícia necessita de um guia e
ninguém melhor que a mãe para valorizar este feito de grande importância no
crescimento físico e emocional do filho.
Quando
a criança não quer comer
- A hora da
refeição deve ser agradável para a criança. Evite condicionar o castigo: se não come tudo o que tem no prato...
- Ajude à criança diante da percepção da comida.
Sirva-lhe no prato maior a mesma quantidade de comida, de modo que perceba
pouca comida dentro do seu prato.
- Pode motivá-la a colocar a mesa, deixar que ela
mesma se sirva, decida e tenha autonomia sobre seus gostos alimentares.
- Sempre que puder, permita-lhe que coma com seus
pais para que se aproprie aos hábitos alimentares da família, assimilando a
conduta e modelos desta.
- Quando possível
permita que ela coma sozinha ou que coloque a mão no que está comendo. Essas
atitudes deixam a criança mais entretida no que está fazendo e a deixa mais
perto do alimento tornando assim uma hora gostosa em seu dia.
Não pretenda que a criança coma a mesma quantidade
de alimento que você. Deixe que ela decida e coma a quantidade que necessita
para satisfazer sua fome e desenvolver de forma saudável seus gostos.
COMO ALIMENTAR UMA
CRIANÇA:
·
Dar somente leite
materno até os seis meses, sem oferecer água, chás ou qualquer outro alimento
(ofereça outro tipo de alimento somente quando for indicado por um médico ou
nutricionista).
- O leite materno
contém tudo que o bebê precisa até o 6º mês de vida, inclusive água, além de
proteger contra infecções. O leite materno contém quantidade de água suficiente
para as necessidades do bebê, mesmo em climas muito quentes. A oferta de água,
chás ou qualquer outro alimento sólido ou líquido, aumenta a chance do bebê
adoecer, além de substituir o volume de leite materno a ser ingerido, que é
mais nutritivo.
·
A partir dos
6 meses, oferecer de forma lenta e gradual outros alimentos.
- A partir dos 6 meses, o organismo da criança já está
preparado para receber alimentos diferentes do leite materno, que são chamados
de alimentos complementares.
- A alimentação
complementar, como o nome diz, é para complementar o leite materno e não para
substituí-lo. A introdução dos alimentos complementares deve ser lenta e
gradual. O bebê tende a rejeitar as primeiras ofertas do(s) alimento(s), pois
tudo é novo: a colher, a consistência e o sabor.
·
A partir dos
6 meses, dar alimentos complementares três vezes ao dia, se a criança receber
leite materno, e cinco vezes ao dia, se estiver desmamada.
·
A
alimentação complementar deve ser oferecida sem rigidez de horários, respeitando-se
sempre a vontade da criança.
- Crianças amamentadas
no peito, em livre demanda, desenvolvem muito cedo a capacidade de
auto-controle sobre a ingestão de alimentos, aprendendo a distinguir as
sensações de saciedade após as refeições e de fome após períodos sem oferta de
alimentos. É importante a mãe distinguir o desconforto da criança com fome de
outras situações como: sede, sono, frio, calor, fraldas molhadas ou sujas. Não
se deve oferecer comida, ou insistir para que a criança coma, quando ela não
está com fome.
·
A
alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher;
começar com consistência pastosa (papas/purês) e, gradativamente, aumentar a
consistência até chegar à alimentação da família.
- No início da
alimentação complementar, os alimentos oferecidos à criança devem ser preparados
especialmente para ela. Os alimentos devem ser bem cozidos. Nesse cozimento deve
sobrar pouca água na panela, ou seja, os alimentos devem ser cozidos apenas em água
suficiente para amaciá-los.
- Ao colocar os
alimentos no prato, amasse-os bem com o garfo e a consistência deverá ter o
aspecto pastoso (papa/purê). Não há necessidade de passar pela peneira e nem
bater no liquidificador.
·
Oferecer à
criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é uma alimentação
colorida.
·
Estimular o
consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições.
·
Evitar
açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras
guloseimas, nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação.
- É comprovado que a
criança nasce com preferência para o sabor doce; no entanto, a adição de açúcar
é desnecessária e deve ser evitada nos dois primeiros anos de vida.
- Até completar um ano de vida, a criança
possui a mucosa gástrica sensível e, portanto, as substâncias presentes no
café, enlatados e refrigerantes podem irritá-la, comprometendo a digestão e a
absorção dos nutrientes, além de terem baixo valor nutritivo. Deve ser evitado
o uso de alimentos industrializados, enlatados, embutidos e frituras, que contenham
gordura e sal em excesso, aditivos e conservantes artificiais.
·
Cuidar da
higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantir o armazenamento e a
conservação adequados.
- Quando a criança passa
a receber a alimentação complementar aumenta a possibilidade de doenças
diarréicas que constituem importante causa de adoecimento e morte, entre as crianças
pequenas.
- Para uma alimentação
saudável, deve-se usar alimentos frescos, maduros e em bom estado de
conservação. Os alimentos oferecidos às crianças devem ser preparados pouco
antes do consumo.
·
Estimular a
criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo sua alimentação
habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação.
- As crianças doentes,
em geral, têm menos apetite, ingerindo menos alimentos e gastando mais energia
devido à febre. Por isso, devem ser estimuladas a se alimentarem, no entanto, não
devem ser forçadas a comer.
- Se a criança estiver
sendo amamentada exclusivamente no peito, aumentar a frequência da oferta,
várias vezes ao dia. O leite materno é o alimento que a criança aceita melhor.
Postado por: Christiana
Nastari
Referências: http://bvsms.saude.gov.br
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