Muitas das doenças e incapacidades
que ocorrem a partir da idade adulta resultam da inatividade, mais do que do
processo natural de envelhecimento. Sabemos hoje que com a diminuição da
atividade física entre crianças e jovens, é alarmante o aumento da incidência
de obesidade e de diabetes mellitus entre eles.
Apesar da obesidade frequentemente
ser classificada como uma desordem derivada do elevado consumo calórico, as
evidências sugerem que se deve mais ao reduzido gasto energético que ao consumo
alimentar. Os exercícios físicos têm demonstrado diminuir risco de desenvolvimento
do diabetes assim como o controle da patologia já instalada; independentemente
da história familiar, do peso corporal e de outros fatores de risco
cardiovascular, como o tabaco, dislipidemia e hipertensão arterial.
A musculatura capta glicose
independente da insulina por um período de, aproximadamente, quatro horas após
a atividade física.
Recentemente foi demonstrado que a
redução de peso corporal associada com o aumento da atividade física em
indivíduos com risco aumentado para desenvolver diabetes reduz em 58% a incidência
dessa doença, pois melhora o controle da glicose sanguínea com a diminuição da
produção de glicose pelo fígado e aumento da sensibilidade à insulina. Pode
ainda incentivar a secreção de insulina pelo pâncreas. Com isso a prática de
exercício físico torna-se altamente recomendável como parte do tratamento do
paciente portador de resistência à insulina, intolerância à glicose, dislipidemias
e diabetes, além da melhora no potencial cardiovascular, metabólico,
psicológico, integração social e recreação.
Dentro desta ótica, os exercícios
físicos podem servir de suporte para melhorar a auto-estima, favorecer a
sociabilidade, melhorar o bem estar e a qualidade de vida.
Postado por : Luciana
Boccardo Lins
Referência Bibliográfica:
Revista ENAF Science Volume 7, número 1, outubro de 2012
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