O
que é a labirintite? É um termo impróprio, mas comumente usado,
para designar uma afecção que pode comprometer tanto o equilíbrio quanto a
audição, porque afeta o labirinto, estrutura do ouvido interno constituída pela
cóclea (responsável pela audição) e pelo vestíbulo (responsável pelo
equilíbrio).
O
que provoca? Processos inflamatórios, infecciosos e
tumorais, doenças neurológicas, compressões mecânicas e alterações genéticas
podem provocar crises de labirintopatias e vestibulopatias, entre elas a
labirintite.
Quais
são os fatores de risco? Hipoglicemia, diabetes, hipertensão,
otites, uso de álcool, fumo, café e de certos medicamentos, entre eles, alguns
antibióticos, anti-inflamatórios, estresse e ansiedade.
Como
é feito o diagnóstico? Avaliação clínica e o exame
otoneurológico completo são muito importantes para estabelecer o diagnóstico da
labirintite. A tomografia computadorizada e a ressonância magnética, assim como
os testes labirínticos, podem ser úteis para fins diagnósticos.
Quais são as manifestações? Além
da vertigem, a labirintite pode apresentar manifestações neurovegetativas. Ou
seja, na fase aguda, a labirintite pode ser acompanhada por náuseas, vômitos,
sudorese e até por alterações gastrintestinais. Ela pode também estar associada
a manifestações auditivas, como perda de audição, sensação de plenitude auditiva
(sensação de ouvido cheio ou tapado), zumbido. Trata-se de manifestações
audiovestibulares que podem acompanhar a crise de vertigem, embora nem isso nem
o inverso sempre aconteçam.
O álcool pode desencadear manifestações? O álcool quando ingerido
em doses um pouco maiores, deixa o indivíduo tonto, com alterações
vestibulares. São reflexos da ação do álcool sobre o labirinto por causa da
hipotensão que ele acarreta dentro das estruturas do vestíbulo.
Qual a relação entre crises de labirintite e
idade? A labirintite incide mais na idade adulta, a partir dos
40 ou 50 anos, decorrente de alterações metabólicas e vasculares. Níveis
aumentados de colesterol, triglicérides e ácido úrico podem acarretar
alterações dentro das artérias, alterações essas que diminuem a quantidade de
sangue nas áreas do cérebro e do labirinto.
Como agem os medicamentos usados para tratar
labirintite? Há vários tipos de medicamentos que são
usados para tratar a labirintite. Há os vasodilatadores que facilitam a
circulação sanguínea, porque melhoram o calibre dos vasos muitas vezes reduzido
pelas placas de ateromas. Existem os labirintossupressores, drogas que suprimem
a tontura através de sua ação no sistema nervoso. Existem, ainda, aqueles que
atuam sobre outros sintomas, suprimindo a náusea, o vômito e o mal-estar.
Além do estresse, quais outros fatores interferem
nas crises? A parte psíquica e emocional é muito
importante, assim como certos fatores alimentares. Geralmente, em indivíduos
pré-diabéticos, o excesso de açúcar está relacionado com crises subentrantes
por causa da hipoglicemia. Bebidas gasosas que contenham quinino também podem
desencadear zumbido no ouvido, por exemplo.
As crises podem ter
alguma relação com a prática de exercícios físicos? Exercício físico provoca um desgaste, pois
queima muitas calorias. Se a pessoa fizer exercício sem um preparo prévio
adequado, por exemplo, sem ingerir alimentos que mantenham a taxa de glicose no
sangue em bom nível, em decorrência da hipoglicemia pode ter queda de pressão,
alterações no sistema vestibular, tontura, mal-estar e desequilíbrio.
Quais são as recomendações para a alimentação? Uma
dieta extremamente leve constituída por alimentos fáceis de digerir e líquidos
à vontade. E também medicamentos para controlar náuseas e vômitos, a fim de que
o indivíduo consiga alimentar-se.
Identificado o elemento causador da labirintite,
o tratamento cura as pessoas? Identificada a causa e
estabelecido o tratamento adequado, a doença desaparece. Quando a causa não é
evidente, é preciso ficar atento, fazer alguns exames e não deixar de fazer o
diagnóstico, pois existem doenças no sistema nervoso central que podem provocar
manifestações no labirinto. Entre elas destacam-se esclerose em placas, tumores
no nervo auditivo, no cerebelo e nas áreas do tronco cerebral, além de doenças
imunológicas.
Fonte: http://drauziovarella.com.br/letras/l/labirintite/
http://drauziovarella.com.br/letras/l/labirintite-2/
http://drauziovarella.com.br/letras/l/labirintite-2/
Por: Laís R.R. Oliveira
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