Originária do Oriente Médio e da Ásia
Menor, a romã é o fruto da romãzeira. Existem dois tipos de romãs a vermelha e
a amarela. Apesar de ambas serem originárias do Vale do São Francisco, a
primeira é uma variedade canadense, enquanto que a segunda é nacional.
Analisando-se visualmente a fruta, percebe-se que a vermelha possui uma menor
quantidade de sementes, casca mais fina e o mesocarpo (parte carnosa entre a
casca e as sementes) maior. Já a amarela tem maior quantidade de sementes,
apresenta casca mais grossa e mesocarpo mais fino. O formato dos lóculos
(“bolsas”, onde estão armazenadas as sementes) também é diferente. No sabor,
parece não haver diferença. Quanto ao aspecto econômico, a variedade de cor
vermelha custa cerca de 50 a 60% a mais do que a amarela, sendo destinada a um
público de maior poder aquisitivo.
Esta fruta utilizada por várias
gerações para tratamento de infecções de garganta, diarreia, disenteria, dentre
outras enfermidades, vem sendo bastante estudada e essas pesquisas estão
destacando a romã como uma fruta que apresenta diversas substâncias
polifenólicas, presentes principalmente no suco e na casca da fruta, que vão
ser responsáveis por essas atividades. E ainda mais, através de teste in vivo e
in vitro, descobriram que a romã possui atividade sob o Câncer de Próstata, sob
doenças relacionadas ao coração como a Hipertensão, Aterosclerose e Aumento de
LDL.
Proteção Vascular
- Antioxidante:
Indivíduos que fazem uso de dietas hipercalóricas
estão propensos a apresentar doenças cardiovasculares e neurovasculares. Porém,
o consumo de alimentos e bebidas ricos em polifenóis como, taninos e flavonóides,
diminuem os riscos das pessoas terem esses tipos de doenças. Os taninos
são substâncias de excelente papel antioxidante e estão presentes em quase
todas as partes da romã. Os flavonóides totais da romã apresentam papel
antioxidante na eliminação de radicais livres e desempenham efeitos
fotoprotetores significativos induzidos por danos causados por irradiação UVB
na pele. Os ácidos graxos insaturados também vão desempenhar função
antioxidante na romã. Então pode-se dizer que a atividade antioxidante do romã
se deve ao sinergismo químico de diversas classes de polifenóis.
- Regulação de lipídeos:
Os taninos presentes no suco, principalmente o ácido elágico, tem demostrado um
efeito benéfico sobre a regulação de lipídeos que pode ser atribuída a sua
propriedade antioxidante. Foi demostrado que o efeito antioxidante contribuiu
para diminuição dos níveis plasmáticos de triglicerídeos, colesterol, LDL, VLDL
e HDL, portanto o suco pode ser um adjuvante no tratamento de Dislipidemias
metabólicas e obesidade.
-
Ação anti-hipertensiva:
A ação anti-hipertensiva da romã é muito evidente e
atua sob diversos mecanismos. A sua ação na proteção vascular está relacionada
com a inibição do estresse oxidativo (excesso de radicais livres). Estudos
mostraram que o consumo em pacientes cardíacos uma vasodilatação arterial,
reduzindo a pressão sanguínea.
Gastroproteção
- Diarreia:
O chá da casca da romã é bastante utilizado em
casos de diarreia. Esse efeito antidiarreico se deve aos taninos presentes na
casca da romã. O extrato pode aumentar a reabsorção de água e cloreto de sódio (sal)
por diminuição da motilidade intestinal e inibir a liberação de agentes inflamatórios
no intestino.
- Proteção da mucosa gástrica:
O efeito antioxidante característicos dos
polifenóis, principalmente dos taninos, presentes no suco e principalmente na
casca da romã, está relacionado com a proteção da mucosa gástrica porque esses
taninos são capazes de se ligar com proteínas presentes na mucosa, acelerando o
processo de cicatrização, ulceração e trauma gástrico. Entretanto, esse efeito
protetor também pode estar relacionado com a atividade antimicrobiana do suco e
da casca.
- Disenteria:
Como os principais sintomas da disenteria são
diarreia, ulcerações da mucosa gástrica e infecção causada por microrganismos
patogênicos, é possível dizer que o chá da casca da romã pode ser utilizado
para o tratamento de disenteria, devido a fatores já mencionados.
Antimicrobianos
patogênicos (infecções de garganta)
Os extratos de romã, principalmente
da casca apresentam significativa inibição contra as bactérias patogênicas
comuns. Os componentes antibacterianos ativos da romã são os taninos, como
elagitaninos e flavonoides. Sendo assim o chá da casca da romã, para fazer
gargarejo, é ótimo para tratamento de infecções de garganta.
Anticâncer
A carcinogênese é originada por uma
cascata muito complexa e pode ser afetada por vários fatores. Pesquisas
demostraram que a romã pode interferir na ocorrência e desenvolvimento de
tumores em diversas etapas: no processo inflamatório, angiogênese, apoptose e
proliferação e invasão celular. Devido a estas atividades a romã já está sendo
utilizada em testes in vivo para tratamento de câncer de próstata e mama.
Tanto o chá da casca como o suco da
romã, possui diversas substâncias que vão conferir as atividades biológicas
dessa fruta, portanto a forma a ser utilizada vai depender da enfermidade que a
pessoa tiver. Em relação à toxicidade, através de testes realizados, pode se
afirma que a romã é segura se utilizada na dosagem normal.
Postado por: Ana
Karinne de Lima e Priscila de Araujo Lucio.
Fonte:
bromatopesquisas-ufrj.blogspot.com.br/2011/12/roma-aceita-um-copo-de-suco-ou-um-cha.html#more
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