Os problemas cardíacos ocupam o primeiro
lugar no Brasil, quando o assunto é mortalidade por causa definida, de acordo
com o IBGE. Isso significa 300 mil mortes por ano, decorrentes de doenças
cardiovasculares. Essas más notícias podem parar por aqui se você ficar longe
dos fatores de risco, investir em uma alimentação saudável, na prática de
atividade física, e incluir em sua agenda anual a prevenção de saúde, por meio
de checkup.
O melhor: quem cuida bem do coração e fica
longe dos vários fatores de risco para as doenças cardíacas - como taxas
elevadas de colesterol, tabagismo e obesidade – evita, além do infarto e outros
problemas do coração, várias outras doenças relacionadas a hábitos pouco
saudáveis. Nessa lista estão incluídos desde o câncer de pulmão, causado pelo
cigarro, até a insuficiência renal crônica.
Um estudo publicado no final de 2007, na
revista científica The Lancet, revelou que a grande maioria dos ataques
cardíacos pode ser prevista por nove fatores, possíveis de prevenção e
tratamento. Entre eles estão: fumo, colesterol elevado, hipertensão, diabetes,
obesidade, estresse, baixo consumo de frutas e vegetais, falta de exercícios
físicos e consumo de álcool. Batizado de Interheart, o trabalho foi realizado
por instituições canadenses que avaliaram 29 mil pessoas de 52 países. Todos
estes “nove pontos” correspondem a 90% dos riscos de ataques do coração.
Mudança de hábito
Para deixar seu coração em forma é necessário
tomar algumas atitudes:
1 fique longe dos fatores de risco
2 procure um médico cardiologista, clínico
geral ou geriatra para avaliar a saúde de seu coração. Esses especialistas
farão um exame clínico e poderão solicitar alguns exames diagnósticos. Se os
resultados forem normais, parabéns!
Mas lembre-se: se você fuma, não pratica
exercícios físicos, fica o tempo todo estressado ou se alimenta mal, a chance
dessa realidade mudar é grande.
Se, no seu caso, o diagnóstico não for tão
animador, acalme-se. A dieta e a prática de 30 a 60 minutos de exercícios
diários já auxiliam na prevenção e na diminuição do diabetes, das taxas do
colesterol e, consequentemente, do risco para doenças cardíacas. Além disso,
você ainda tem à sua disposição um exército de medicamentos eficazes.
Coração de mulher
Embora o infarto ainda seja mais freqüente no
sexo masculino, o problema tem crescido na população feminina.
E o que é pior: dados mostram que elas acabam
morrendo mais de ataque cardíaco do que eles. Após um ano após o infarto, 38%
das mulheres morrem, contra 25% dos homens. Isso porque até pouco tempo, elas
demoravam mais para chegar ao pronto-socorro porque não imaginavam que as dores
no peito se tratavam de infarto. Afinal, doença do coração não era problema de
homem? Nos dias de hoje, não mais.
Novos tratamentos
A doença do coração é a que teve mais avanço
na área de tratamento nos últimos anos. Agora, somente uma pequena população de
pacientes cardíacos precisa passar pela cirurgia de revascularização (operação
que abre o tórax para colocação de pontes de safena ou mamária).
O que mais se usa, atualmente, para corrigir
a aterosclerose (entupimentos de artérias) é a angioplastia feita com a ajuda
de um cateterismo. O método restabelece o fluxo sangüíneo nas áreas do músculo
cardíaco que deixaram de receber sangue adequadamente. No procedimento, o
médico consegue desobstruir o vaso e ainda tem a opção de colocar um stent (um
tipo de mola), evitando que a placa de gordura volte a entupir a artéria,
dependendo do caso.
Sinais de alerta
Os problemas cardíacos podem apresentar
sintomas mais agudos ou bastante sutis. Fique atento aos sinais abaixo pois,
caso ocorram, é hora de ir rapidamente para o pronto atendimento.
1 Tontura, fadiga, suor em excesso, aumento
da frequência cardíaca, náusea ou vômitos
2 Dor torácica intermitente, que pode
irradiar para as costas, ombros braços e pescoço
3 Sensação de peso e aperto no peito
4 Lábios, mãos ou pés com aspecto azulado
Fonte: http://www.einstein.br/einstein-saude/bem-estar-e-qualidade-de-vida/Paginas/coracao-em-forma.aspx
Por: Laís R.R. Oliveira
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