Bom para o coração: O ômega 3 age de duas maneiras para
proporcionar benefícios ao sistema cardiovascular. O EPA diminui as atividades
das plaquetas sanguíneas, evitando coágulos de sangue, que podem levar a um
derrame ou infarto, e também reduzem os níveis de triglicerídeos, outro tipo de
gordura que é ruim para o organismo quando está elevada. Já o DHA ajuda a
evitar arritmias cardíacas, estabilizando a atividade elétrica no coração.
O consumo desse
ômega não assume apenas efeitos preventivos. No Centro de Pesquisas Médicas de
Cardiff, no País de Gales, o cardiologista Michael Burr constatou que vítimas
de ataques cardíacos aumentaram as chances de evitar novos problemas em 29%,
passando a comer peixe ricos nessa gordura pelo menos duas vezes por semana.
Diminui
o colesterol: Esses
ácidos graxos modificam a composição química do sangue, provocando o aumento
dos níveis do HDL (colesterol bom) e a diminuição dos níveis de LDL (colesterol
ruim). Quando está em excesso, há o risco dele se depositar nas artérias e
provocar o seu entupimento levando a doenças cardiovasculares, como infarto e
hipertensão e derrame cerebral. Ele também consegue reduzir os níveis de
triglicerídeos do sangue.
Regula a pressão arterial: O ômega 3 é capaz de evitar a
formação das placas de gordura na parede das artérias e garantir a
flexibilidade das veias e artérias, afastando o risco de doenças como
hipertensão, aterosclerose, infarto e derrames.
Um
estudo realizado pela Harvard School of Public Health dos Estados Unidos
observou que a pressão arterial elevada é a responsável por 31% do aumento do
risco de doenças cardíacas e 65% do risco de derrame.
Bom para a visão: Este ácido graxo é essencial
para a visão porque participa do recobrimento da retina. Esta parte dos olhos
tem o papel principal de transformar o estímulo luminoso em estímulo elétrico
para o cérebro ser capaz de realizar o processo de enxergar.
Bom
para o cérebro: O ômega
3 age na formação da bainha de mielina, um componente dos neurônios. Assim,
ocorre a melhora do desempenho cognitivo, da atividade cerebral e comunicação
entre as células do cérebro. O ácido graxo também conta com efeito vasodilatador
e por isso ocorre o aumento do aporte de oxigênio e nutrientes.
Combate
a depressão: Pessoas
portadoras de depressão possuem níveis baixos de ômega 3 o que pode ocasionar a
diminuição do número de funções de neurotransmissores e receptores. A ingestão
de ômega melhora a fluidez das membranas que encapam as células nervosas e
aumentam a produção de diversos neurotransmissores como serotonina, dopamina e
noradrenalina, melhorando assim o humor e o bem-estar.
Alivia os sintomas da artrite reumatoide: O consumo do ômega 3 contribui para o
alívio dos sintomas desta doença porque ele possui ação anti-inflamatória. Este
ácido graxo funciona como um bloqueador ou interceptador de uma enzima que
produz o processo inflamatório.
É
importante ressaltar que o lipídeo irá ajudar no tratamento do problema
associado a outros medicamento. Por sua ação anti-inflamatória, o ômega 3 é
interessante para outras doenças autoimunes de cunho inflamatório.
Ômega 3 e diabetes: Uma pesquisa realizada pela
Universidade de Valência, na Espanha, analisou o consumo de carne e peixe em
945 pessoas entre 55 e 80 anos com alto risco cardiovascular e descobriu que o
consumo de peixe, que é rico em ômega 3, está associado a menor incidência de
diabetes tipo 2 e a diminuição da concentração de glicose, enquanto o consumo
de carne vermelha está relacionado à obesidade.
Ômega 3
e a obesidade: O ômega
3 é interessante para combater a obesidade devido à sua ação anti-inflamatória.
Afinal, a obesidade é um processo inflamatório e age de maneira a interferir na
forma como o cérebro percebe a presença de comida no corpo. O organismo também
utiliza o ômega-3 para produzir prostaglandinas, substâncias químicas que têm
participação em muitos processos, inclusive no combate às inflamações dos vasos
sanguíneos.
Ômega 3 e gravidez
O ômega 3 também
pode ser benéfico para as grávidas. Um estudo realizado pelo Centro Médico da
Universidade do Kansas, nos Estados Unidos, revelou que o ácido graxo ajuda as
mulheres a terem bebês mais fortes e a reduzir a incidência de partos
prematuros. Além disso, outras pesquisas apontam que o consumo do ômega 3 no
último trimestre de gestação e nos primeiros meses de aleitamento aumenta o QI
dos bebês.
A orientação para
as gestantes é ingerir o ômega 3 por meio da alimentação. Comer peixes de água
fria, como o salmão e a sardinha, duas ou três vezes na semana e incluir
oleaginosas, como a nozes, nos lanches entre as principais refeições são ótimas
opções.
O quanto consumir de ômega 3
A quantidade diária
recomendada de ômega 3 é polêmica. Apesar de a Sociedade Americana do Coração
orientar até 4 gramas ao dia, é justamente esta porção que em alguns estudos
leva a complicações de saúde. Por isso, especialistas defendem a porção de até
um grama de ômega 3 ao dia.
Alimentos ricos em ômega 3
Os alimentos que
possuem a maior quantidade de ômega 3, DHA e EPA, são os peixes de águas frias.
Isto porque como eles vivem em um ambiente frio tem a tendência de acumular
mais gorduras monoinsaturadas e poli-insaturadas, especialmente o ômega 3.
Os
óleos de soja e canola, noz e as sementes de chia e linhaça são ricas em ômega
3, no caso o ácido alfa-linolênico. A quantidade diária recomendada de linhaça,
10 gramas, possui 0,54 gramas do ácido graxo. A chia também conta com boas
quantidade de ômega 3.
É
importante lembrar que apenas uma pequena quantidade de ácido alfa-linolênico
se transforma em DHA ou EPA, portanto é importante consumir também o peixe para
se ter boas quantidades de ômega 3.
Riscos
do consumo em excesso de ômega 3
O
excesso de ômega 3 no organismo pode causar uma série de problemas. Apesar de
ser um potente anti-inflamatório, o ômega 3 em grandes quantidades pode
favorecer um processo pró-inflamatório que chega a induzir a resistência à
insulina, causar hemorragia e em casos de pessoas com obesidade, o quadro pode
piorar.
Além
disso, o ácido graxo em grandes quantidades pode induzir a esclerose lateral
amiotrófica, doença das células nervosas do cérebro e da medula espinhal que
controlam o movimento voluntário dos músculos. Assim, as pessoas com a doença
têm perda gradual de força e coordenação muscular que finalmente piora e
impossibilita a realização de tarefas rotineiras como subir escadas,
levantar-se ou engolir. Em gestantes, alguns estudos demonstraram que o excesso
do ômega 3 pode levar a uma resposta neurológica anormal do feto.
Fonte: http://www.minhavida.com.br/alimentacao/tudo-sobre/17235-omega-3-a-gordura-aliada-do-cerebro-e-do-coracao
Por: Thais Martins
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