A hipertensão arterial
sistêmica e doenças associadas a altos índices de colesterol têm sido
consideradas as mais preocupantes. Os sintomas causados pelos índices elevados
de LDL, na grande parte dos casos, estão relacionados aos hábitos de vida
sedentários e má alimentação. O colesterol tem sido o principal vilão para
doenças do coração, em associação, vem a hipertensão arterial, mas é importante
mencionar que esta substancia pode estimular a boa saúde ou auxiliar no desenvolvimento
de doenças.
As complicações se mostram
como uma obstrução da camada interna das paredes arteriais, que nutrem o
coração. É um processo que ocorre gradativamente através do deposito continuo
de lipídeos e cálcio nas paredes das artérias, resultando na diminuição da luz
arterial, desta forma, há maior resistência na passagem de sangue, ocorrendo a hipertensão
arterial e redução do suprimento de sangue ao miocárdio.
Algumas enzimas mantem em equilíbrio
os níveis de colesterol e triglicerídeos do nosso organismo. Estas enzimas
podem ser alteradas por remédios, pela quantidade de gordura corporal e massa
muscular, além da pratica de atividades físicas.
Esta enzima fica localizada
nas paredes dos vasos sanguíneos e no coração, nos depósitos de gordura e nos músculos,
destruindo os triglicerídeos.
Desta forma, os níveis
baixos desta enzima estão ligados ao aumento de doenças cardiovasculares.
A prática de atividades
físicas podem equilibrar os níveis de gordura do nosso sangue, ocorre aumento
dos níveis de colesterol HDL, além disto, a perda de gordura corporal irá
aumentar pela ação da enzima que realiza a destruição dos triglicerídeos.
Entretanto, por causa do
fator hereditário, nem todos tem a mesma resposta em frente aos valores das
frações do colesterol com o exercício.
Desde 1970, quando os pesquisadores de Stanford (Califórnia-
EUA) descobriram que o perfil lipídico dos corredores era melhor do que os
sedentários, realizaram uma série de estudos na tentativa de compreender o
fato.
A conclusão de todos esses estudos foi que o exercício pode diminuir
o colesterol total (que é a soma do colesterol HDL com o colesterol LDL) em uma
média de 10mg/dl e os triglicérides em média de 16 mg/dl. Porém o mais
importante é o fato de que o nível de colesterol LDL diminuiu e o HDL aumentou,
ou seja, apesar da diminuição do total ser de 10mg/dl, o corpo ganhou mais HDL
e menos LDL, uma ótima notícia!
Em geral, é necessária uma grande quantidade de exercícios para
melhorar o nível de colesterol e triglicerídeos. Se for uma pessoa sedentária, você
precisará praticar o equivalente a uma corrida ou caminhadas aceleradas
semanais de 13 a 16 km (4 km/dia em 4 dias numa semana de 7 dias). Quantos mais
quilômetros por semana, maior a queda do colesterol. O efeito do exercício pode
ocorrer entre doze semanas e seis meses, ou seja, é um caminho longo, mas muito
mais que um tratamento é um novo estilo de vida, muito mais saudável, pois além
de diminuir o colesterol a atividade física melhora em muito a saúde.
Tipo de exercício
Ginástica aeróbica ou levantamento de pesos
A ginástica aeróbia é mais eficaz para aumentar o HDL.
A musculação é mais eficaz para reduzir o LDL.
Intensidade
Entre 75% a 85% da freqüência cardíaca máxima ou do nível 3 e 4
(entre 10) na escala subjetiva de esforço (escala de Borg), para a ginástica
aeróbica.
Frequência
Pelo menos quatro vezes por semana para os aeróbios.
Pelo menos três vezes por semana para os anaeróbios
(musculação).
Lembrando que a medicina do esporte estuda a adaptação do corpo
humano e sua saúde aos exercícios físicos, mas é o professor de educação física
o único profissional capacitado a avaliar, organizar e acompanhar a evolução de
uma pessoa frente a qualquer tipo de treinamento.
Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2002001300013.
Acessado em 05/11/2018 ás 16:14.
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