quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019


Cromo
Ocorrência
A concentração de cromo no organismo adulto não chega a 6 miligramas. As crianças contêm maior teor deste mineral em seu organismo do que os adultos.
Vários estudos recentes vêm sendo desenvolvidos no sentido de esclarecer o papel do cromo enquanto nutriente necessário ao metabolismo humano.
Carência
Ratos sob deficiência de cromo apresentam sinais de diminuição da tolerância à glicose, como hiperglicemia de jejum e glicosúria. Ocorre também elevação do colesterol sérico, e retardo do crescimento.
Embora em seres humanos estes aspectos não estejam ainda bem configurados, parte de um grupo de diabéticos que receberam suplementação de cromo apresentou melhora nos testes de tolerância à glicose.
Fontes alimentares
O beneficiamento e a refinação de alimentos removem quase todo o cromo. Entre as boas fontes alimentares, destacamos os cereais integrais, a levedura de cerveja e o fermento biológico.
Ainda não foram fixados requerimentos nutricionais para o cromo, dada a necessidade de estudos mais meticulosos.
Enxofre e Magnésio
Ocorrência
O enxofre é o quarto mineral do corpo em nível de ocorrência, vindo logo depois do potássio. Encontra-se presente na proporção de 4% no total das cinzas e na quantidade de 112 gramas por 70 quilogramas de peso corporal.
Funções e outros aspectos
- O enxofre é constituinte de proteínas em todas as células, sendo fornecido por alimentos proteicos. Os aminoácidos cistina, cisteína e metionina contêm enxofre, sendo por isso classificado como sulfurados.
- O enxofre figura como componente de substâncias fisiologicamente importantes, como a insulina, a glutationa, a heparina, o sulfato de condroitina e o ácido lipóico. Está presente também em duas vitaminas do complexo B: a biotina e a tiamina.

- A configuração geométrica de proteínas e a atividade de certas enzimas têm que ver com a forma sob a qual o enxofre se apresenta: forma reduzida (-SH) ou forma oxidada (S-S).
- A queratina, proteína constitutiva da pele, das unhas, dos cascos e dos pêlos, contém enxofre. Animais de pêlo denso (como o urso) e casco (como a tartaruga) requerem, portanto, mais enxofre.
- Os sulfatos resultantes do metabolismo de aminoácidos sulfurados auxiliam na desintoxicação de fenóis, indoxilas e outros compostos excretavam.
MAGNÉSIO
 Ocorrência
O magnésio, classificado como macronutriente, está presente no corpo humano na proporção de 0,7% no total de cinzas, e na quantidade de 21 gramas por 70 quilogramas de peso corporal; 50 a 60% do magnésio encontram-se combinados ao cálcio e ao fósforo no tecido ósseo, e o restante ocorre principalmente em células como os glóbulos vermelhos e as fibras musculares.
Absorção e excreção
- O magnésio é absorvido ativamente na porção terminal do intestino delgado, o íleo. Sua taxa de absorção varia entre 24 e 85%. O cálcio apresenta nível de absorção inversamente proporcional ao de magnésio; a reabsorção renal também obedece a esta relação.
- Os fatores que afetam a absorção de cálcio e fósforo geralmente também afetam a absorção de magnésio.
- A vitamina D, entretanto, não demonstra influência sobre a absorção de magnésio.
- O hormônio da paratireoide, o paratormônio, responsável pela regulação do cálcio no sangue, apresenta efeito similar em relação ao magnésio.
- A excreção de magnésio ocorre através das fezes e da urina, perdas estas reduzidas quando há carência.
- O magnésio presente nos ossos não é facilmente intercambiável, de modo que a dieta deve fornecê-lo a contento.
Funções metabólicas básicas
- Vários sistemas enzimáticos dependem do magnésio como co-fator de ativação. O metabolismo de glicídios, lipídios e proteínas, mormente em fases de produção de energia, requer magnésio.

- A produção e a transferência de energia durante a síntese de proteínas necessitam de magnésio, bem como os processos de excitação dos nervos e contração dos músculos. A síntese de lipídios e ácidos nucléicos também depende do magnésio.
- A manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico inclui a participação do magnésio.
- Enquanto, por um lado, o excesso de magnésio antagoniza-se com o cálcio a ponto de inibir a calcificação óssea, por outro lado sua deficiência acarreta prejuízos à homeostasia de cálcio e potássio, que diminuem no sangue. O excesso de cálcio induz sintomas típicos de carência de magnésio.
- A função muscular está intimamente relacionada aos papéis antagônicos do cálcio e do magnésio: enquanto o primeiro excita, o segundo relaxa.
- Pesquisas recentes sugerem o envolvimento do magnésio com o metabolismo de lipídios e o mecanismo de coagulação e fibrinólise, entre outros processos talvez ligados à prevenção da doença cardíaca isquêmica.
Sinais e sintomas de carência
A deficiência de magnésio manifesta-se através de sinais e sintomas como falta de apetite, falta de energia, crescimento inadequado, alterações eletrocardiográficas e neuromusculares. O alcoolismo, o diabete melito, as síndromes de má absorção e as queimaduras depletam magnésio, levando à diminuição de seus níveis séricos.
Necessidades dietéticas
- Segundo estudos do National Research Council, as necessidades de magnésio são 350 mg/dia para adultos.
- Mulheres grávidas e nutrizes devem ingerir 450 mg/dia. O conteúdo de magnésio do leite materno supre adequadamente as necessidades do lactente nos primeiros meses de vida.
Fontes alimentares
O magnésio está distribuído na dieta natural, ocorrendo em maior escala em nozes, cereais integrais, vegetais verdes, legumes. A clorofila dos vegetais contém magnésio. Alta ingestão de cálcio, proteína e vitamina D aumenta a necessidade de magnésio.

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