AGRIÃO
(sisymbrium nasturtium,
Nasturtium officinale).
FAMÍLIA: Crucíferas.
OUTROS NOMES: Agrião-d’água.
DESCRIÇÃO:
Planta herbácea. Emite ramos de até 50 ou 60 cm de comprimento. Haste ramosa,
espessa, suculenta, verde-avermelhada, rasteira. Emite numerosas raízes
adventícias. Folhas alternas, pecioladas, algo esparsas, compostas,
imparipenadas. Folíolos quase sésseis, piriformes, opostos, sendo o terminal
bem maior que os laterais. Flores hermafroditas, regulares, brancas, miúdas,
dispostas em cachos terminais ou opositifólios. Cálice de 4 sépalas livres.
Corola cruciforme, de 4 petalas hipógians. Fruto: síliquas.
USO
MEDICINAL: É uma planta conhecida, boa para saladas. Deve-se usá-la crua,
porque, quando cozida, suas propriedades medicinais se perdem.
O
agrião contém um óleo essencial, iodo, ferro, fosfato e alguns sais.
Seu uso prolongado tem
eficaz efeito depurador do sangue e antiescorbútico.
Emprega-se,
outrossim, como ótimo remédio contra a atonia dos órgãos digestivos; como
estimulante no escorbuto, escrofulose e raquitismo; como diurético nas
hidropisias, nas enfermidades das vias urinárias, nos cálculos; como
expectorante nos catarros pulmonares crônicos; como desopilante do fígado.
Tomam-se, diariamente, 3 a 4 colheres das de sopa de suco de agrião puro ou
diluído em água.
O
agrião convém aos diabéticos, porque encerra poucos princípios amiláceos.
Aplicado,
em cataplasmas, sobre úlceras escorbúticas, escrofulosas, etc., apressa sua
cicatrização.
Em
resultado das experiências do Dr. Zalakas, atribuem-se ao agrião propriedades
antídotas dos efeitos tóxicos da nicotina.
O
suco desta planta, misturado com mel, dá um bom xarope para combater a
bronquite, tosse, tuberculose pulmonar.
Os
que sofrem de ácido úrico, em virtude de terem comido muita carne,
especialmente carne de porco, toicinho, salsichas, etc., devem comer
diariamente uma salada de agrião.
Eis
uma boa receita: Escolhem-se uns punhados de agrião, em quantidade suficiente
para encher um prato. Lavam-se bem. Tempera-se com limão, azeitonas, um pouco
de azeite e um pouco de sal.
A cura desejada – bem
entendido – só se alcança sob a condição de se remover completamente a causa do
ácido úrico, a saber, a condenada substancia venenosas, que acima mencionamos,
e que erroneamente soem ser chamadas “alimento”. O agrião nada pode fazer
quando se prossegue no abuso causador do ácido úrico; mas acelera grandemente a
cura quando os alimentos cárneos, principalmente os de arigem suína, são
abandonados.
As mulheres grávidas não devem comer
agrião em grande quantidade, pois, em virtude de sua ação sobre a matriz, pode
provocar o aborto.
Não se deve usar o agrião que cresce
junto às águas paradas ou pouco movimentadas, pois que o mesmo podem prender-se
insetos aquáticos, portadores de bacilo de Eberth, causador do tifo.
Lavando-se bem o agrião e espremendo-se
bastante suco de limão, em cima, pode-se comê-lo com bem menos perigo; mas, de
qualquer maneira, é preferível obter sempre o agrião das águas correntes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário