Aleitamento
Muitas
mães ainda não conhecem as pesquisas sobre o aleitamento materno. Número
preocupante delas deixa de amamentar seu filho alegando problemas que, quase
sempre, vêm da falta de esclarecimento. Há procedimentos aparentemente
inocentes que trazem prejuízos permanentes à saúde da criança. Aqui falaremos
dos problemas mais comuns que as mães enfrentam em relação ao aleitamento.
“Leite
fraco”
“Meu
leite é fraco!” Esta é uma queixa muito comum entre as lactantes. Gostaríamos
de discuti-la à luz dos conhecimentos mais atuais.
Uma análise da composição do leite de mães
desnutridas, que viviam em regiões assoladas pela fome, mostrou que, apesar de
magras e mal alimentadas, seu leite não perdia o valor nutritivo. O organismo
materno prioriza a nutrição da criança, chegando a ponto de espoliar dos
tecidos os elementos necessários à síntese láctea. Como resultado, a mãe fica
cada vez mais fraca, mas o leite mantém-se forte.
Não
raro, as mães pensam que seu leite é fraco porque a criança não demora a ter
fome depois de uma “mamada”. Quando toma a mamadeira, permanece várias horas
sem reclamar alimento, dormindo tranquilamente. O leite materno é
nutricionalmente perfeito, sendo de fácil e rápida digestão e assimilação,
motivo por que a criança logo volta a sentir fome. No caso do leite de vaca e
leite sintético, como a digestão é mais difícil, o bebê fica “empanturrado” por
várias horas. Surge, portanto, a falsa impressão de que este tipo de
alimentação é “mais forte”.
“Pouco
leite”
As mães têm razão em se preocupar com a
quantidade de leite que passam ao lactente, se é ou não suficiente à boa
nutrição. Mas há alguns aspectos vitais que elas precisam conhecer:
Para que o leite seja produzido em quantidade
suficiente é preciso haver estímulo fisiológico adequado, que é desencadeado
através da sucção do neném. Se por algum motivo ele não suga com a necessária
força, a secreção de leite tende a diminuir.
Que pode causar a diminuição da força de
sucção do bebê? A mamadeira é uma das causas principais, pois, sendo usada
inoportunamente, às vezes adoçada com açúcar refinado e/ou concentrada com
farinhas especiais, toma o lugar do seio, isto é, tira a fome da criança para
mamar.
E se o bebê suga pouco, a consequência
inevitável é a queda na produção de leite. Outros alimentos e preparações, como
sucos de frutas, papinhas, chazinhos, sopinhas etc., dados fora do tempo certo,
também prejudicam a amamentação.
O
excesso de ansiedade e a alta tensão nervosa podem diminuir a secreção de
leite. É imperioso, portanto, guardar-se contra as injúrias emocionais
especialmente nesta fase.
Bebê
gordo X bebê sadio
Algumas mães acreditam que a mamadeira é
“mais forte que o peito” porque faz a criança “engordar mais”.
Quando
a alimentação por mamadeira é concentrada, o que geralmente acontece, a criança
costuma ficar “mais gordinha”, mas isso não significa que ela esteja mais
sadia.
Está
provado que o excesso de peso na primeira infância não é bom, assim como a
falta de peso. Muitos processos crônicos graves da vida adulta podem começar na
obesidade infantil. O bebê que se nutre adequadamente com leite materno, via de
regra, não é muito gordo, mas saudavelmente forte e corado. Seu organismo
resiste melhor às doenças e seu desenvolvimento psicomotor é naturalmente
proporcionado.
Leite
materno, o melhor para o bebê
Não resta a menor dúvida de que o leite
materno é, em todos os aspectos, superior ao leite de vaca ou leite maternizado
para a nutrição na primeira infância. As evidentes vantagens da lactação
natural vêm sendo comprovadas por pesquisas médicas e hoje constituem consenso
médico-nutrológico em âmbito internacional.
A fórmula natural designada pelo Criador para
o homem em sua primeira etapa de vida é, indiscutivelmente, conveniente à saúde
e ao desenvolvimento físico. Mas esta verdade axiomática já esteve sob o
desprezo de pretensões científicas espúrias, quando fórmulas artificiais eram
petulantemente aclamadas como nutricionalmente melhores, superiores, mais
fortes.
Este é apenas um entre muitos exemplos de
jogadas comerciais que manipulam astutamente certos argumentos científicos para
influenciar a opinião pública. Engodos da publicidade, que rendem bilhões de
dólares para um pequeno grupo de ricos empresários, e outro tanto de prejuízos
para uma população pobre, espoliada por gastos desnecessários e desastrosas consequências
para a saúde.
Vantagens
nutricionais do aleitamento materno
O leite materno ajusta-se como luva,
quantitativa e qualitativamente, às necessidades da criança nos primeiros meses
de vida, o que não acontece om outras fórmulas, que sempre apresentam
deficiências mais ou menos sutis.
A proteína do leite humano é bem diferente da
fornecida pelo leite de vaca. Esta última contém cerca de sete vezes mais
caseína, que, durante a digestão, forma coágulos prejudiciais ao
processamento. O leite materno contém 60% de albumina e 40% de caseína, sendo
de fácil e rápida digestão.
O valor biológico do principal componente da
proteína do leite humano (albumina) é maior que o da caseína do leite de vaca.
O aproveitamento da proteína do leite materno é, por conseguinte, melhor, o que
promove desenvolvimento mais sadio.
A probabilidade de ocorrer alergia ou
rejeição em relação à proteína do leite de vaca e leites sintéticos é
consideravelmente maior.
O recém-nascido precisa de cistina, um aminoácido,
para a boa nutrição, o que lhe é adequadamente ofertado pela proteína do leite
materno. O leite de vaca e as fórmulas industrializadas, entretanto, contêm
muita metionina e pouca cistina. Tendo em vista que a enzima catalisadora da
reação que converte, no fígado, metionina em cistina, apresenta baixa
atividade no recém-nascido, podem ocorrer problemas nutricionais se a
alimentação exclui o leite materno.
Os aminoácidos aromáticos não são
adequadamente metabolizados pelo recém-nascido, podendo haver desordens
neurológicas quando em excesso no organismo (hiperaminoacidemia). Este
inconveniente o leite materno não oferece. Os leites sintéticos, contudo,
apresentam maior teor desta classe de aminoácidos.
A gordura do leite humano é mais facilmente
absorvida, além de conter maior proporção de ácidos graxos essenciais.
A
gordura do leite de vaca encerra maior quantidade de ácido palmítico, um ácido
graxo que prejudica a assimilação de cálcio pela formação de palmitato de
cálcio.
As características nutricionais do glicídio
do leite humano são mais compatíveis com a higidez intestinal e a nutrição
geral.
O
uso de açúcar desde a tenra infância, na forma de adoçante da mamadeira,
predispõe a criança a futuras desordens médico-nutricionais, além da cárie dentária.
A concentração osmolar da alimentação não
natural (preparações ricas em adições, como farinhas e açúcar, “fortes”) pode
levar à desidratação hipertônica, e a alta densidade calórica à obesidade.
Além disso, pode ocorrer constipação intestinal (prisão de ventre).
Os sais minerais do leite
humano apresentam excelente assimilação, a saber, cerca de 75%, contra os 25%
correspondentes ao leite de vaca. Entre os minerais mais bem aproveitados
encontra-se o ferro do leite humano.
A relação cálcio/fósforo é mais apropriada no
leite humano (2:1). O leite de vaca contém, em proporção ao cálcio, muito
fósforo, podendo favorecer a hiperfosfatemia e a hipocalcemia neonatal.
A
criança que não mama ao peito apresenta maior tendência à acrodermatite
enteropática, provavelmente por deficiência de zinco.
Vantagens
imunitárias
O organismo da criança alimentada ao seio
defende-se melhor contra as doenças, pois o leite humano oferece vários fatores
que fortalecem a resistência imunológica.
O fator bifidus, fornecido pelo leite
materno, favorece o crescimento de flora intestinal hígida, o que protege a
criança contra infecções e outros distúrbios gastrintestinais e, consequentemente,
contra a desidratação.
Outros
fatores imunológicos são fornecidos, com diferentes ações protetoras contra os
germes causadores de doenças, entre os quais: fator antiestafilococo,
imunoglobulinas IgA, IgC, IgM, complementos C3 e C4, lisozima, lactoferrina e
lactoperoxidase. É extremamente importante, para o bom aporte imunológico, que
a criança tome o leite colostral, de cor amarelada, secretado nos primeiros
dias após o parto.
Outras
vantagens
O leite humano está livre de contaminações se
é oferecido diretamente através do aleitamento materno. As outras formas de
alimentação, que requerem diversas manipulações, oferecem maiores riscos.
O laço afetivo mãe-filho é saudavelmente
fortalecido no aleitamento, o que é muito bom para ambos, tanto no aspecto
psíquico como físico.
Do ponto de vista econômico o aleitamento
natural sai mais barato, até porque a criança adoece menos, evitando-se gastos
médicos.
As
pesquisas sobre nutrição infantil apontam de modo conclusivo à superioridade do
aleitamento materno.
Alimentos
e chás tradicionalmente indicados para “aumentar o leite”
Certos
alimentos, como milho, laticínios e aveia podem, segundo conceito tradicional
muito disseminado, aumentar a secreção de leite. Não havendo contra indicações
para procedimentos como estes, e sendo apropriada sua inserção na dieta da mãe,
não vemos razões para descartá-los. São válidos, até porque constituem bom
reforço psicológico. Ensina-se também que o uso regular dos chás de anis e
hortelã ajuda a aumentar a secreção de leite.
Alimentos
contra a acne
Você sabia?
Hortelã (Mentha piperita)
É tradicionalmente indicada para combater
cólicas menstruais, gases intestinais, má digestão e verminoses.
Modo
de usar: Infuso da planta. Derramar 350ml de água fervente sobre 2 colheres,
das de sopa, da planta picada. Tomar 1 a 2 xícaras de chá ao dia.
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