A vontade constante de consumir
doce tem uma explicação: o açúcar realmente vicia. A substância, assim como
as drogas, tem a capacidade de desenvolver dependência nas pessoas. Isso
acontece porque uma parte do cérebro é acionada.
A sensação extremamente prazerosa ao consumir doces é percebida não somente pelas papilas gustativas, presentes principalmente na língua e também em algumas partes do nariz, mas também pelo cérebro. Existem áreas no hipotálamo (região encefálica que controla a temperatura corporal, fome e sede, entre outras funções), que são estimuladas quando é feita a ingestão de açúcar, provocando a vontade de consumir novamente. Assim como as drogas, o açúcar vira vício e funciona como uma espécie de válvula de escape para situações de estresse e tristeza. Nesses momentos a pessoa vai procurar ingerir açúcar para se sentir melhor. O que muita gente não sabe é que esse prazer momentâneo pode acarretar problemas futuros sérios. O consumo em excesso do açúcar é ponto inicial para o desenvolvimento de doenças em diferentes partes do corpo. O excesso do produto pode ser transformado em gordura no fígado e parte deslocar-se para a circulação sanguínea. Neste caminho, a gordura é armazenada em diferentes locais não usuais, como os músculos, impedindo a entrada de açúcar e acarretando índices de glicose mais elevados. Em resposta a essa alteração, o pâncreas libera mais insulina, com o intuito de diminuir os níveis glicêmicos. O excesso de gordura desenvolve uma resistência ao hormônio e, com mais açúcar no sangue, as consequências podem ser sentidas em todo corpo, como coração e vasos, levando a síndrome metabólica e podendo desenvolver o diabetes. Fonte Dra. Sandra Mara Villares - Endocrinologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos |
Júlio Cezar Ferreira
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