Nas últimas três décadas, a obesidade infantil cresceu de forma alarmante, tornando-se um grave problema de saúde pública. Estima-se que cerca de 155 milhões de crianças em todo o mundo apresentem excesso de peso, com as maiores prevalências registradas nos países industrializados. Esse cenário é preocupante devido ao maior risco de desenvolvimento de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, além dos elevados custos associados ao tratamento e controle da condição.
A obesidade infantil tem causas multifatoriais e pode começar a ser desencadeada ainda na gestação. A alimentação e o estado nutricional da mãe antes e durante a gravidez influenciam diretamente o desenvolvimento do feto e a saúde futura da criança. Durante o segundo trimestre, é essencial que a gestante siga uma dieta equilibrada e tenha um ganho de peso adequado para evitar riscos futuros.
Na fase escolar e na adolescência, a autonomia das crianças e a influência da mídia se tornam mais significativas, incentivando o consumo de produtos de baixo valor nutricional e ricos em calorias. A substituição de refeições por lanches rápidos e o consumo excessivo de alimentos com alto teor de açúcar e gordura são práticas comuns que elevam o risco de obesidade. Por isso, é fundamental o envolvimento da família, das escolas e da comunidade na promoção de hábitos alimentares saudáveis.
A prevenção deve começar desde os primeiros momentos de vida. O aleitamento materno exclusivo até os seis meses é essencial para o desenvolvimento saudável do bebê. A introdução de novos alimentos deve seguir as orientações do Guia Alimentar para a População Brasileira, privilegiando o consumo de alimentos in natura e minimamente processados. Além disso, o leite materno deve continuar sendo oferecido até, pelo menos, os dois anos de idade. Outro aspecto fundamental é respeitar a diversidade e a cultura alimentar local, promovendo a valorização dos hábitos alimentares tradicionais.
Portanto, deve-se evitar o consumo de alimentos ultraprocessados, amplamente associados ao ganho de peso e a problemas de saúde.A adoção de hábitos saudáveis desde cedo é essencial para prevenir a obesidade infantil e garantir uma melhor qualidade de vida para as próximas gerações.
Referencias https://avasus.ufrn.br/pluginfile.php/215188/mod_page/content/1/Obesidade%20aspectos%20epidemiol%C3%B3gicos%20e%20preven%C3%A7%C3%A3o
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/eu-quero-ter-peso-saudavel/noticias/2023/quais-sao-as-principais-recomendacoes-para-o-tratamento-da-obesidade-no-sus
Estagiária: Laila Victória Santos
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