Cálcio e a Vitamina D são nutrientes essenciais conhecidos por seu importante papel na saúde óssea. Mas desde 2000, várias mensagens conflitantes sobre outros benefícios desses nutrientes foram abordados, além da dúvida relacionada à quantidade diária recomendada em cada fase da vida.
Agora, um relatório do Instituto de Medicina dos EUA (IOM), escrito por um comitê de peritos que usaram informações de mais de mil estudos publicados, atualiza as recomendações (DRIs) para a ingestão diária desses dois nutrientes e avalia os dados atuais relacionados aos resultados na saúde associados aos mesmos.
A IOM considera evidente a importância da vitamina D e cálcio na promoção do crescimento e saúde óssea, mas em outras condições de saúde, embora estudos tenham mostrado que a vitamina D promove uma série de benefícios no combate ao câncer, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, obesidade, resposta imune, funcionamento neuropsicológico, desempenho físico, pré-eclâmpsia e resultados reprodutivos, as provas são inconsistentes e inconclusivas para se obter recomendações oficiais. No entanto, isso "não significa que futuras pesquisas não revelarão uma relação convincente entre a vitamina D e outros resultados de saúde", escreve a comissão.
A comissão também opinou sobre o limite de ingestão para vitamina D e cálcio, sugerindo que obter demasiado cálcio pode colocar as pessoas em risco de pedras nos rins, enquanto o excesso de vitamina D pode danificar o coração e os rins, e aumentar o risco de morte.
Os pesquisadores enfatizam que os limites não são algo que as pessoas deveriam se esforçar para alcançar. O limite de vitamina D para pessoas com mais de 8 anos é de 4.000 UI. Quanto ao cálcio, pessoas entre 19 e 50 anos devem limitar seu consumo a 2.500 mg por dia, e os acima de 51 devem limitar seu consumo a 2.000 mg por dia.
Como cada vez mais os produtores de alimentos aumentam a quantidade desses nutrientes nos seus produtos, e as pessoas freqüentemente recorrem a suplementos, há uma maior probabilidade de que estejam tomando altas doses de vitamina D e cálcio. Por isso, é necessário ser cuidadoso e consultar um nutricionista ou médico para esclarecer suas necessidades.
Os novos dados indicam que o excesso desses nutrientes pode ser prejudicial, desafiando o conceito de que "mais é melhor."
Alguns estudos anteriores baseados em ingestão, mostram que a maioria dos norte-americanos não adquire níveis suficientes de vitamina D à partir de alimentos, outros estudos dizem que a maioria das pessoas tem quantidade suficiente de vitamina D no sangue. Para os pesquisadores da comissão, a peça que faltava nesse quebra-cabeça é o sol, já que a luz solar desencadeia a produção de vitamina D à partir de outros compostos no corpo.
Os pesquisadores descobriram que as meninas com idades entre 9 e 18 anos estão em risco de não obter cálcio suficiente devido à falhas na alimentação, e que os idosos erram o alvo para ambas as recomendações. As pessoas nesses grupos podem precisar aumentar a sua ingestão de vitamina D e cálcio através de alimentos, ou possivelmente de suplementos.
As novas recomendações vêm em três formas: a Necessidade Média Estimada (NME), a Rcomendação de Quantidade Tolerada na Dieta (RTD), e o Consumo de Nível Superior.
A NME será útil para avaliar a ingestão de grandes grupos de pessoas, tais como a definição do padrão de alimentação na merenda escolar. A RTD é mais apropriada para a consideração das pessoas, e pode ser usada para recomendações médicas e nutricionais à pacientes.
Postado por: Suzana Gonçalves.
Fontes: ROMANZOTI, N. Médicos recomendam ingestão diária de vitamina D e cálcio. Disponível em: http://hypescience.com.
TOSATTI, A.M. Novas DRIs para Cálcio e Vitamina D. Disponível em: http://www.nutrociencia.com.br.
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