quarta-feira, 25 de maio de 2011

Atividade Física e Diabetes Mellitus


A atividade física é um fator importante no tratamento do Diabetes Mellitus, e contribui para melhorar a qualidade de vida do portador desta doença. Os efeitos benéficos são ainda maiores se atuarmos preventivamente, implantando um programa de promoção da atividade física, dieta saudável e equilibrada, juntamente com assistência médica, pode se reduzir significativamente a incidência do diabetes do tipo 2 e as complicações associadas.

O risco de diabetes do tipo 2 aumenta à medida que aumenta o IMC (índice de massa corporal), e, ao contrário, quando aumenta a intensidade e/ou a duração da atividade física, expressa em consumo calórico semanal, esse risco diminui, especialmente em pacientes com risco elevado de diabetes.
 
Tal como ocorre em pessoas não diabéticas, a prática regular de exercício pode produzir importantes benefícios a curto, médio e longo prazo. Esses benefícios estão descritos abaixo:
 
  • Diminui a absorção de glicose; 
  • Diminui a concentração basal e pós-prandial da insulina; 
  • Aumenta a resposta dos tecidos à insulina; 
  • Melhora os níveis da hemoglobina glicosilada; 
  • Melhora o perfil lipídico, diminuindo os triglicerídeos, aumentando a concentração de HDL-colesterol e diminuindo levemente a concentração de LDL-colesterol; 
  • Contribui para diminuir a pressão arterial; 
  • Aumenta o gasto energético, favorecendo a redução do peso corporal, diminuindo a massa total de gordura e preserva e aumenta a massa muscular;

  • Melhora o funcionamento do sistema cardiovascular; 
  • Aumenta a força e elasticidade muscular; 
  • Promove uma sensação de bem-estar e melhora a qualidade de vida. 

    Dentre os benefícios em curto prazo, o aumento do consumo de glicose como combustível por parte do músculo em atividade, contribui para o controle da glicemia.
     
    O efeito hipoglicemiante do exercício pode se prolongar por horas e até dias após o fim de exercício.
     
    A prescrição de atividade física em pessoas portadoras de diabetes do tipo 2 não apresenta dúvidas e é hoje, junto com perda de peso, uma das indicações das mais apropriadas para corrigir a resistência à insulina e controlar a glicemia nesse tipo de diabetes (que representa 90% dos casos), ainda mais se está associado à obesidade. Por outro lado, no diabetes do tipo 2 cujo tratamento está baseado só em dieta, raramente o exercício gera hipo ou hiperglicemia.
     
    Os benefícios a médio e longo prazo, da prática regular de atividade física, contribuem para diminuir os fatores de risco para o desenvolvimento de doença cardiovascular (aumentado no paciente portador de diabetes), através das seguintes alterações: melhora do
     
    perfil lipídico, contribuição para a normalização da pressão arterial, aumento da circulação colateral, diminuição da freqüência cardíaca no repouso e durante o exercício.
     
    No mais, independentemente das alterações fisiológicas que acompanham o exercício, também ocorrem alterações comportamentais que favorecem o cuidado e o autocontrole, e conseqüentemente contribuem para melhorar sua qualidade de vida.
     
     
     
    Fonte: MERCURI, N.; ARRECHEA, V. Atividade Física e Diabetes Mellitus – ATUALIZAÇÃO. Disponível em: http://www.cdof.com.br/fisio6.htm

    Postado por: Suzana Gonçalves








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