Nutrição adequada é a ingestão de uma dieta equilibrada para que seu corpo possa assimilar os nutrientes necessários para uma boa saúde.
A cada dia, o corpo humano se renova, isto é, renova seus músculos, sua matéria óssea, sua pele e seu sangue.
As substâncias que você ingere são a base para a formação destes novos tecidos. Se sua dieta contiver poucos nutrientes essenciais ao corpo, sua boca estará mais vulnerável a infecções.
A afta ou úlcera aftosa é uma doença comum, que ocorre em cerca de 20% da população, é caracterizada pelo aparecimento de úlceras dolorosas principalmente na mucosa bucal podendo, raramente, aparecer nas gengivas e no céu da boca.
Frutas ácidas como o abacaxi, assim como temperos picantes – ketchup, pimenta, mostarda, molho de tomate, vinagre, entre outros – podem funcionar como fatores desencadeantes, mas somente em quem apresenta uma tendência para o problema. Muitas vezes os pacientes são alérgicos: têm aftas quando ingerem certos alimentos.
A maior parte dos componentes imunológicos do organismo não interage com o tecido epitelial de forma direta, com exceção feita aos macrófagos intra-epiteliais, também conhecidos como células de Langerhans. Quando machucamos a mucosa bucal com alimentos, instrumentos, braquetes, escovas, agulhas ou outras formas, há uma exposição direta das células epiteliais para os componentes do tecido conjuntivo subjacente, inclusive os participantes da resposta imunológica.
As aftas podem ser classificadas em três tipos, de acordo com as suas manifestações e características clínicas:
1. Aftas menores: são ulcerações muito dolorosas ou ardentes, de 1cm de diâmetro em média, e que afetam a mucosa bucal em áreas não queratinizadas. Podem ser únicas ou múltiplas, mas na maioria dos pacientes apresentam-se como lesões isoladas. Tendem à reparação, entre 5 e 10 dias, sem deixar cicatrizes.
2. Aftas maiores: são ulcerações maiores com extensões surpreendentes de até 3 a 4 cm. São necrosantes, extremamente dolorosas, incapacitando o paciente para suas atividades normais. Sua duração, em média, se alonga entre 3 e 6 meses cada uma, deixando cicatrizes fibrosas e definitivas.
3. Aftas herpetiformes: caracterizadas pela multiplicidade de diminutas e dolorosas lesões ulceradas simultâneas na mucosa bucal. Esse nome resulta de sua semelhança com as lesões da estomatite herpética.
Embora estas desconfortáveis feridinhas apareçam por diversos fatores, como alterações hormonais, estresse, trauma, alergia a alimentos e alterações imunológicas, um dos principais agentes que levam ao surgimento de aftas é o déficit nutricional, especialmente de algumas vitaminas.
Se você sofre deste problema, ou pretende evitá-lo, a boa notícia é que este mal pode ser prevenido através da sua alimentação, algumas vitaminas chamadas riboflavinas ou vitaminas B2 são responsáveis por prevenir o aparecimento de aftas e de queiloses (fissuras nos lábios). Embora a vitamina B2 esteja presente em alguns tecidos do corpo, como fígado e rins, ela não é armazenada de forma marcante. Há também, microorganismos presentes no intestino que conseguem produzi-la, mas em quantidades insuficientes.
Para garantir que você está ingerindo esta vitamina em dose suficiente, é necessário que a sua alimentação contenha este exemplo:
Leite (fresco ou em pó);
Queijos - especialmente ricota, requeijão e cheddar;
Iogurtes, carnes magras, ovos e vegetais verdes.
Vísceras de animais, como fígado e rins, também têm boas reservas desta vitamina, mas, como são ricos em gordura saturada e colesterol, devem ser consumidos com moderação.
A vitamina C também é uma aliada. Mesmo não tendo a capacidade de curar as aftas, esta vitamina pode prevenir o aparecimento do problema, já que ela estimula o sistema imunológico e promove uma maior resistência às infecções. Além disso, ela auxilia no processo de cicatrização de feridas e sangramentos de gengivas.
Fontes consultadas
CONSOLARO, A. e CONSOLARO, M. F. M. Aftas após instalação de aparelhos ortodônticos: porque isso ocorre e protocolo de orientações e condutas. Rev. Dent. Press Ortodon. Ortop. Facial vol.14 no.1 Maringá Jan./Feb. 2009.
http://pediatriasaopaulo.usp.br/upload/html/1096/body/07.htm
Nenhum comentário:
Postar um comentário