A Ergonomia estuda o desempenho do homem em atividade, a fim de aplicá-lo a concepção de tarefas, instrumentos, máquinas e sistemas de produção, para que o homem possa desenvolver suas atividades com o máximo de conforto, eficiência e segurança.
A atividade desportiva também vem sendo estudada do ponto de vista ergonômico. A participação da população em atividades esportivas e recreacionais vem crescendo muito nas últimas décadas. Assim, tornou-se necessária a análise dos efeitos do esporte e da análise dos efeitos do esporte e do estresse sobre o organismo humano, visando prevenir lesões decorrentes desta prática, além de contribuir para a melhora da performance.
Estabelece-se assim, uma interface entre Educação Física e Ergonomia, uma vez que os preceitos de eficiência e segurança são comuns a ambas. A Ergonomia, com sua metodologia de análise de atividades, desenvolvem um verdadeiro trabalho de detetive na busca de fatores que interferem na realização de qualquer atividade física, buscando soluções para o aperfeiçoamento desta em qualquer ocupação. No caso do atleta, um equipamento mal dimensionado vai se refletir na queda do desempenho e muitas vezes no aparecimento de lesões no sistema músculo-esquelético.
Nas academias, partes dos equipamentos não são adaptáveis para os diferentes tipos de estatura e peso de homens e mulheres. Para os praticantes da modalidade spinning (bike in door), por exemplo, pedalar intensivamente em uma aula animada pode ser a solução para queimar calorias e fortalecer os músculos em menos tempo. Porém, caso a bicicleta for ajustada de maneira incorreta, é provável que o atleta sofra lesões nos tendões e músculos.
Ajustes no selim, pedais e guidão fazem a diferença na postura e posicionamento do usuário, evitando acidentes e ocasionando conforto e praticidade nos treinos, principalmente para os atletas amadores.
Lesões nos joelhos, mãos, braços, pescoço, pernas e coluna são os problemas mais comuns ocasionados pela falta de ajuste no aparelho e caso não sejam corrigidos, podem causar sérios danos à saúde.
Como fazer, onde fazer, quando fazer, o Educador Físico pode e deve intervir.
Postado por: Daniela Alvarenga e Elineides Silva
REFERÊNCIAS:
REILY, T. & SHELTON, T. Ergonomics end sport lesure. Ergonomics. 37(1): 1-3. 1994
CABRI, J; De WITTE, B; CLARYS, J.P. Circadian variation in blood pressure responses to muscular exercices. Ergonomics. 31(11): 1559-1565. 1988.
GROOT, G; WELBERG, G; CLYSEN, L; CLARUS, J; CABRI, J; ANTONIS, J. Power, muscular work and external forces in cycling. Ergonomics. 37(1): 31-42. 1994.
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