sexta-feira, 21 de outubro de 2011

SUPLEMENTO MAGNÉSIO GLICIL-GLUTAMINA QUELATO

O magnésio é um mineral que participa de diversos processos metabólicos, entre eles a ativação de enzimas necessárias à contração muscular e síntese proteica. Esses dois nutrientes são interdependentes e essenciais para o aumento da massa muscular. O magnésio glicil-glutamina quelato fornece magnésio e glutamina em uma molécula única e estável.
Estudos demonstram que este composto possui alta biodisponibilidade e é capaz de promover o anabolismo muscular em níveis comparáveis ao esteroide anabólico testosterona, com a vantagem de não produzir efeitos colaterais. 
Uma vez que o magnésio e a glutamina são interdependentes e essenciais para o crescimento muscular e esse crescimento é sensível ao aumento da ingestão de ambos, é nutricionalmente racional a suplementação desses dois nutrientes ao mesmo tempo.

Paralelamente, a administração oral de sais inorgânicos de magnésio também pode ocasionar sérios efeitos colaterais, incluindo irritabilidade intestinal e diarreia. Para que a suplementação com magnésio seja efetiva, o mesmo deve ser biodisponível sem provocar distúrbios gástricos. Quando o magnésio é ingerido na forma de aminoácido quelato, sua biodisponibilidade é aumentada, com uma redução dos efeitos colaterais, incluindo diarreia. Assim, a quelação de íons de magnésio com glicina satisfaz ambos os critérios: elevada biodisponibilidade e baixos efeitos colaterais.

O estudo envolveu sete homens entre idades de 39 e 59 anos. Todos estavam trabalhando em ambiente de escritório e não praticaram nenhuma atividade física intensa durante o período de estudo ou, pelo menos, 12 horas antes de iniciar a participação. Imediatamente após a obtenção de amostras de sangue venoso, cada participante consumiu por completo uma solução preparada com 400 mg de magnésio glicil-glutamina quelato (40 mg de magnésio, 240 mg de glutamina e 120 mg de glicina). Logo após, três amostras de sangue venoso foram coletadas de cada participante, em intervalos de 30 minutos. Todas as amostras de sangue foram testadas para a concentração de glutamina por cromatografia líquida de alta pressão (HPLC). A Figura 4 mostra as variações médias dos níveis plasmáticos de glutamina no início, 30, 60 e 90 minutos após a administração de magnésio glicil-glutamina quelato. O aumento na glutamina plasmática de 0 a 30 minutos foi significativo (p<0,05). 

Entretanto, a suplementação de glutamina, por si, é geralmente inefetiva. Isto se deve à baixa estabilidade da glutamina e às necessidades metabólicas adicionais de magnésio para a ativação de enzimas anabólicas associadas ao aumento de massa muscular. Os mesmos fatores que causam depleção de glutamina corpórea também causam depleção de magnésio: atividade física intensa, estresse decorrente de enfermidades, traumas físicos ou cirúrgicos e jejum/desnutrição. Então, se a glutamina é indicada para recuperar ou evitar o catabolismo muscular, o magnésio é indicado da mesma forma. Eles funcionam sinergicamente na recuperação ou no ganho de massa magra.

Quando a glutamina é quelada ao magnésio se torna parte da molécula total, não só a glutamina é estabilizada com a preservação de suas atividades, mas também se torna parte essencial de uma molécula bifuncional. Os resultados dos testes clínicos acima descritos demonstram que a suplementação com magnésio glicil-glutamina quelato é superior à suplementação com esteroide anabólico (testosterona), devido à produção de benefícios similares, mas sem efeitos colaterais.

Postado por Cláudia Simionato e Keite Lago

Bibliografia
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 White A, Handler P, Smith EL. Principles of Biochemistry. New York: McGraw-Hill Book Co. 1973: 951-957.
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Beisel WR. Magnitude of the Host Nutritional Responses to Infection.
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