Nos
últimos 20 anos o número de mulheres atletas, em particular, tem aumentado
consideravelmente. A participação feminina cresceu cerca de 600% abrangendo um
total de mais de 1,9 milhões de mulheres atletas. Na busca de melhores
resultados as mulheres atletas correm o risco de uma consequência devido à
ênfase dada às competições e a pressão por parte dos treinadores,
patrocinadores e familiares, pois podem acarretar estresse físico e mental.
A prática de atividade física intensa
na fase de transição da infância para a vida adulta da mulher podem interferir
na dinâmica dos hormônios femininos e
tireoidianos, hormônio do crescimento e nos corticosteróides endógenos. A perda
excessiva de peso associada a comportamentos alimentares inadequados favorecem
a desnutrição, desaceleração do crescimento e infantilismo hormonal, o que pode
impedir o desenvolvimento da puberdade normal.
Comportamentos alimentares inadequados
Juntamente com as
modelos as jovens atletas formam o grupo de maior risco de desenvolver
comportamentos alimentares inadequados e transtornos alimentares, muitas delas
passam a fazer dietas restritivas e jejuns prolongados, podendo até existir
episódios de transtornos alimentares. As atletas precisam de um volume calórico
maior para manter a atividade, sem comprometer seu estoque de glicogênio
muscular, o que pode predispor a dores musculares, contusões, hipoglicemias e
alterações eletrolíticas, o que compromete o desempenho da atleta.
Complicações hormonais
Durante a infância, o
baixo peso corporal associado à desnutrição crônica, interfere na produção de
hormônios sexuais, na função tireoideana e no hormônio do crescimento e pode
ocorrer atraso na puberdade e desaceleração do crescimento em sua mais
importante fase da vida.
As atletas que iniciaram
os treinos, após o inicio da puberdade e apresentam baixo peso associada à
desnutrição como consequência, podem apresentar ausência, irregularidade
menstrual e até completa interrupção da mesma.
O chamado pico de formação
óssea ocorre durante a adolescência e no início da vida adulta, onde ocorre reserva
preciosa de cálcio que define a quantidade e qualidade da massa óssea durante a
vida adulta, com isso o mineral propicia a proteção necessária para a fase da
vida.
Peso corporal muito baixo,
exercícios físicos extremos, alterações hormonais e desnutrição podem
prejudicar o pico de formação óssea, podendo comprometer a mesma em uma fase
precoce da vida.
Orientação Nutricional
Para evitar as complicações
da jovem atleta (transtornos alimentares, interrupção das menstruações e
complicações na formação óssea) é necessário primeiramente reduzir a pressão
sobre estas jovens e implantar desde o primeiro treino um acompanhamento
nutricional, para evitar a desnutrição crônica e o baixo peso.
Postado por: Juliana Leal e Débora de
Oliveira
Referências Bibliográficas:
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