A revista Veja em sua publicação de 22/02/2012, trouxe uma
matéria de capa intitulada “Purificação”, que com dados da medicina, nutrição e
química, deu o que falar. Nela a revista explorou a onda das dietas Detox,
explicando as formas de toxicidade que nos cerca e mostrando o que é eficaz na
hora de se “purificar”.
Aqui fizemos uma revisão dos pontos mais relevantes da
matéria, confiram:
Desde a antiguidade, os médicos recomendam certas ervas
amargas , jejum e, claro,sanguessugas, aqueles bichos gosmentos que furam a
pele e se alimentam do sangue humano por dois dias até se fartar. Todas essas
versões populares de desintoxicação são baseadas na noção de que é preciso
tirar impurezas do sistema corporal.É insuficiente para dar conta da complexa
tarefa de depurar o sistema complexo como o organismo humano. O erro mais comum
nos processos de tirar substancias nocivas de circulação é subtrair do
organismo líquidos e nutrientes essenciais para a manutenção da saúde. Para o
endocrinologista Alfredo Halpern a maioria das dietas de detox é inútil e até
prejudicial à saúde pela óbvia falta de nutrientes.
A toxicidade
especifica em cada órgão por excesso de alguns fatores como álcool, cigarro,
estresse, açúcar, poluição, gordura, sódio e raios ultravioleta:
Coração: O cigarro e o açúcar agridem as células das
artérias, provocando um quadro inflamatório e, consequentemente estimulando a
produção de radicais livres. Ao entrarem em
contato com o colesterol circulante eles alteram a bioquímica das
moléculas de gordura, fazendo com que se depositem com maior facilidade nas
paredes arteriais. Já as baixas doses de oxigênio características do ar poluído
levam o órgão a aumentar as contrações musculares, desgastando-o.
Fígado: O fígado depura cerca de 80% das impurezas
circulantes no organismo. Uma das mais nocivas é o etano. Para ser
metabolizada, a substância exige grande esforço do órgão. Tal demanda aumenta a
produção de radicais livres. Com isso, o fígado tem comprometida a sua
capacidade de processar lipídeos, o que pode levar ao acumulo exagerado de
gordura (a esteatose).
Pele: Uma das ações mais tóxicas do sol é danificar
os telômeros, trechos do cromossomo que têm função de proteger o DNA de agentes
externos, assegurando que a informação genética seja perfeitamente copiada durante
a divisão celular. Enfraquecidos, deixam o material genético vulnerável
estimulando o envelhecimento celular e facilitando o desenvolvimento de doenças.
Cérebro: A
barreira hematoencefálica filtra a maioria das substâncias químicas circulantes
no sangue com moléculas diminutas, o álcool é um dos poucos compostos que
conseguem vencer esse obstáculo. Ao atingir o tecido cerebral, a bebida estimula os neurônios a
aumentar a quantidade de neurotransmissores, sobretudo o GABA, responsável por
reduzir o funcionamento do sistema nervoso central. A consequência: sedação e
perda de reflexos do organismo.
Pâncreas: A alta toxicidade do álcool e do excesso de
gordura agride as células do pâncreas, causando um processo inflamatório. A inflamação
favorece o entupimento dos canais secundários do órgão – aqueles que
transportam suco pancreático, envolvido no processo digestivo. Já o excesso de
açúcar faz com que as células produtoras de insulina aumentem a fabricação do
hormônio, o que pode leva-las à exaustão.
Rins: Os rins eliminam o excesso de sódio através da
urina. Em excesso, a substância danifica as células renais, levando à
inflamação, mecanismo que contribui para o estreitamento de vasos.
Intestinos: Na tentativa de metabolizar grandes
quantidades de gordura, álcool e açúcar, as células intestinais aumentam o
ritmo metabólico, o que incrementa a síntese de radicais livres. Uma das
principais consequências desse processo é a intensificação dos movimentos
peristálticos. Com isso, reduz-se a absorção de água e sal. Tem-se então um
quadro de diarreia. A longo prazo pode ter formação de tumores.
Exemplos de doenças causadas pelo ataque constante das toxinas:
Alzheimer, câncer e diabetes.
Amanhã falaremos dos
alimentos e a relação com a detox.
Referência:
Lopes A. D., Simon G. , Purificação, revista Veja,
22/02/2012
Postado por:
Fau Beydoun e Amanda Curti
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