segunda-feira, 26 de março de 2012

DETOX, ENTENDA A AÇÃO DAS TOXINAS NO NOSSO ORGANISMO.



A revista Veja em sua publicação de 22/02/2012, trouxe uma matéria de capa intitulada “Purificação”, que com dados da medicina, nutrição e química, deu o que falar. Nela a revista explorou a onda das dietas Detox, explicando as formas de toxicidade que nos cerca e mostrando o que é eficaz na hora de se “purificar”.
Aqui fizemos uma revisão dos pontos mais relevantes da matéria, confiram:
Desde a antiguidade, os médicos recomendam certas ervas amargas , jejum e, claro,sanguessugas, aqueles bichos gosmentos que furam a pele e se alimentam do sangue humano por dois dias até se fartar. Todas essas versões populares de desintoxicação são baseadas na noção de que é preciso tirar impurezas do sistema corporal.É insuficiente para dar conta da complexa tarefa de depurar o sistema complexo como o organismo humano. O erro mais comum nos processos de tirar substancias nocivas de circulação é subtrair do organismo líquidos e nutrientes essenciais para a manutenção da saúde. Para o endocrinologista Alfredo Halpern a maioria das dietas de detox é inútil e até prejudicial à saúde pela óbvia falta de nutrientes.
A toxicidade especifica em cada órgão por excesso de alguns fatores como álcool, cigarro, estresse, açúcar, poluição, gordura, sódio e raios ultravioleta:
Coração: O cigarro e o açúcar agridem as células das artérias, provocando um quadro inflamatório e, consequentemente estimulando a produção de radicais livres. Ao entrarem em  contato com o colesterol circulante eles alteram a bioquímica das moléculas de gordura, fazendo com que se depositem com maior facilidade nas paredes arteriais. Já as baixas doses de oxigênio características do ar poluído levam o órgão a aumentar as contrações musculares, desgastando-o.
Fígado: O fígado depura cerca de 80% das impurezas circulantes no organismo. Uma das mais nocivas é o etano. Para ser metabolizada, a substância exige grande esforço do órgão. Tal demanda aumenta a produção de radicais livres. Com isso, o fígado tem comprometida a sua capacidade de processar lipídeos, o que pode levar ao acumulo exagerado de gordura (a esteatose).
Pele: Uma das ações mais tóxicas do sol é danificar os telômeros, trechos do cromossomo que têm função de proteger o DNA de agentes externos, assegurando que a informação genética seja perfeitamente copiada durante a divisão celular. Enfraquecidos, deixam o material genético vulnerável estimulando o envelhecimento celular e facilitando o desenvolvimento de doenças.
Cérebro:  A barreira hematoencefálica filtra a maioria das substâncias químicas circulantes no sangue com moléculas diminutas, o álcool é um dos poucos compostos que conseguem vencer esse obstáculo. Ao atingir o tecido  cerebral, a bebida estimula os neurônios a aumentar a quantidade de neurotransmissores, sobretudo o GABA, responsável por reduzir o funcionamento do sistema nervoso central. A consequência: sedação e perda de reflexos do organismo.
Pâncreas: A alta toxicidade do álcool e do excesso de gordura agride as células do pâncreas, causando um processo inflamatório. A inflamação favorece o entupimento dos canais secundários do órgão – aqueles que transportam suco pancreático, envolvido no processo digestivo. Já o excesso de açúcar faz com que as células produtoras de insulina aumentem a fabricação do hormônio, o que pode leva-las à exaustão.
Rins: Os rins eliminam o excesso de sódio através da urina. Em excesso, a substância danifica as células renais, levando à inflamação, mecanismo que contribui para o estreitamento de vasos.
Intestinos: Na tentativa de metabolizar grandes quantidades de gordura, álcool e açúcar, as células intestinais aumentam o ritmo metabólico, o que incrementa a síntese de radicais livres. Uma das principais consequências desse processo é a intensificação dos movimentos peristálticos. Com isso, reduz-se a absorção de água e sal. Tem-se então um quadro de diarreia. A longo prazo pode ter formação de tumores.
Exemplos de doenças causadas pelo ataque constante das toxinas: Alzheimer, câncer e diabetes.

Amanhã falaremos dos alimentos e a relação com a detox.


Referência:
Lopes A. D., Simon G. , Purificação, revista Veja, 22/02/2012
Postado por:
Fau Beydoun e Amanda Curti 


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