terça-feira, 6 de março de 2012

Meningite


Meningite é uma infecção que se instala principalmente quando uma bactéria ou vírus, por alguma razão, consegue vencer as defesas do organismo e ataca as meninges, três membranas que envolvem e protegem o encéfalo, a medula espinhal e outras partes do sistema nervoso central. A versão viral dessa infecção costuma ser branda, não deixando graves seqüelas na massa cinzenta. Já a bacteriana é bem mais perigosa. Uma de suas formas, a meningite meningocócica, chega a matar cerca de 10% dos doentes. Simples gotículas de saliva podem transportar pelo ar uma ameaça capaz de ser mortal.
O diagnóstico baseia-se na avaliação clínica do paciente e no exame do líquor, líquido que envolve o sistema nervoso, para identificar o tipo do agente infeccioso envolvido. Se houver suspeita de meningite bacteriana, é fundamental introduzir os medicamentos adequados, antes mesmo de saírem os resultados do exame laboratorial. O risco de sequelas graves cresce à medida que se retarda o diagnóstico e o início do tratamento. As lesões neurológicas que a doença provoca nesses casos podem ser irreversíveis.
A principal forma de prevenção é a detecção e o tratamento precoce dos casos, evitando-se que a doença seja transmitida a outras pessoas. Existem vacinas para prevenir alguns tipos de meningite.  A meningite bacteriana pode ser tratada com antibióticos eficientes. Porém, é importante que o tratamento comece cedo. Quando a meningite é viral, o tratamento é como o da maioria das viroses. Se a meningite for bacteriana o paciente precisa usar antibióticos, através de via endovenosa.
Esportistas: Grupo de risco
Sabe-se que o exercício físico pode aumentar ou diminuir o processo imunitário ou ainda aumentar as probabilidades de contrair infecções nas vias respiratórias superiores (IVRS) ou outras infecções em geral. Nos casos de atividades intensas abre-se a chamada “janela de oportunidades” que aumenta ainda mais o risco de infecções. A meningite já é conhecida e temida no meio esportivo, tendo tido até casos de morte. O atleta diagnosticado com meningite dificilmente interrompe seus treinamentos e competições, o que dificulta o tratamento. Como por exemplo nos esportes de contato como as lutas que são de grande exaustão, expõem os praticantes ao contagio, pelo contato com as pessoas que é muito grande e a higienização dos tatame nem sempre é feita de maneira e com frequência adequada, aumentando a proliferação de bactérias se tornando um fator de risco para o contagio de infecções como a meningite.
Um dos sintomas da meningite é a falta de apetite, que aumenta com o uso de antibióticos, deve-se tomar muito cuidado para que a ingestão de nutrientes necessários para a recuperação e manutenção do sistema imunológico não seja prejudicada, pois isso será um determinante na recuperação do esportista.
O uso de glutamina pode ajudar, não só, mas principalmente no caso de esportistas porque durante a prática esportiva os níveis desse aminoácido é depletado, e como a glutamina é a principal fonte combustível para as células do sistema imunológico a sua suplementação pode combater infecções que podem interferir no exercício, como a meningite. A dose recomendada para prevenção é de 5 a 15 mg/dia, já para tratamento é necessário consultar um médico para avaliar o quadro. Como a utilização de antibióticos é muito intensa durante o tratamento, deve-se dar atenção ao intestino, uma vez que os antibióticos acabam por prejudicar a microbiota intestinal, destruindo bactérias boas e prejudicando o equilíbrio, que pode resultar uma má absorção de nutrientes, causando uma dificuldade para a recuperação imunológica. Sendo assim é interessante além do uso da glutamina (que também ajuda na recuperação da parede intestinal) o uso de pró e pré-bióticos para a recuperação intestinal.
A meningite é muito grave, porém com os cuidados corretos como uma boa alimentação, higienização e cuidados com a imunidade ela pode ser evitada. Quando a meningite já foi diagnosticada seu tratamento deve ser levado a sério mesmo que isso implique na interrupção de dietas e treinos para o desempenho, lembrando que a saúde está em primeiro lugar e um bom tratamento evita futuras sequelas.
Referências
ELCHNER E.R. Moléstias infecto-contagiosas e Prática de Esportes. Sports Science Exchange. Gatorade Sports Science Institute , v. 8, n. 3, jan/fev/mar. 1995. Disponível em: http://www.gssi.com.br/. Acesso em xx.xx.200x.
Centro de Vigilância Epidemiológica, O que você precisa saber sobre Meningite, disponível em : ftp://ftp.cve.saude.sp.gov.br/doc_tec/RESP/MENI_SOBRE.pdf, acesso em 06/03/2012
VARELLA,Drauzio, Meningite, disponível em: ftp://ftp.cve.saude.sp.gov.br/doc_tec/RESP/MENI_SOBRE.pdf, acesso em : 06/03/2012
OLIVEIRA, Fabio, Meningite: Novidades e prevenção, Revista Saúde, disponível em: http://saude.abril.com.br/edicoes/0284/medicina/conteudo_224961.shtml, acesso em : 06/03/2012
Kleiner, SM, Greenwood-Robinson, M., Nutrição para o Treinamento de Força, 3 ª Edição Editora Manole, 2009

Publicado por:  Amanda Curti e Fau Beydoun

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