Meningite é uma infecção que se instala principalmente
quando uma bactéria ou vírus, por alguma razão, consegue vencer as defesas do
organismo e ataca as meninges, três membranas que envolvem e protegem o
encéfalo, a medula espinhal e outras partes do sistema nervoso central. A versão viral dessa infecção costuma ser branda, não
deixando graves seqüelas na massa cinzenta. Já a bacteriana é bem mais perigosa. Uma de suas
formas, a meningite meningocócica, chega a matar cerca de 10% dos doentes.
Simples gotículas de saliva podem transportar pelo ar uma ameaça capaz de ser
mortal.
O diagnóstico baseia-se na avaliação
clínica do paciente e no exame do líquor, líquido que envolve o sistema
nervoso, para identificar o tipo do agente infeccioso envolvido. Se houver
suspeita de meningite bacteriana, é fundamental introduzir os medicamentos
adequados, antes mesmo de saírem os resultados do exame laboratorial. O risco
de sequelas graves cresce à medida que se retarda o diagnóstico e o início do
tratamento. As lesões neurológicas que a doença provoca nesses casos podem ser
irreversíveis.
A principal forma de
prevenção é a detecção e o tratamento precoce dos casos, evitando-se que a
doença seja transmitida a outras pessoas. Existem vacinas para prevenir alguns
tipos de meningite. A
meningite bacteriana pode ser tratada com antibióticos eficientes. Porém, é
importante que o tratamento comece cedo. Quando a meningite é viral, o tratamento é como o da
maioria das viroses. Se a meningite for bacteriana o paciente precisa usar
antibióticos, através de via endovenosa.
Esportistas:
Grupo de risco
Sabe-se que o
exercício físico pode aumentar ou diminuir o processo imunitário ou ainda
aumentar as probabilidades de contrair infecções nas vias respiratórias
superiores (IVRS) ou outras infecções em geral. Nos casos de atividades
intensas abre-se a chamada “janela de oportunidades” que aumenta ainda mais o risco
de infecções. A meningite já é conhecida e temida no meio esportivo, tendo tido
até casos de morte. O atleta diagnosticado com meningite dificilmente
interrompe seus treinamentos e competições, o que dificulta o tratamento. Como
por exemplo nos esportes de contato como as
lutas que são de grande exaustão, expõem os praticantes ao contagio, pelo
contato com as pessoas que é muito grande e a higienização dos tatame nem
sempre é feita de maneira e com frequência adequada, aumentando a proliferação
de bactérias se tornando um fator de risco para o contagio de infecções como a
meningite.
Um dos sintomas da meningite é a falta
de apetite, que aumenta com o uso de antibióticos, deve-se tomar muito cuidado
para que a ingestão de nutrientes necessários para a recuperação e manutenção
do sistema imunológico não seja prejudicada, pois isso será um determinante na
recuperação do esportista.
O uso de glutamina pode ajudar, não só,
mas principalmente no caso de esportistas porque durante a prática esportiva os
níveis desse aminoácido é depletado, e como a glutamina é a principal fonte
combustível para as células do sistema imunológico a sua suplementação pode
combater infecções que podem interferir no exercício, como a meningite. A dose
recomendada para prevenção é de 5 a 15 mg/dia, já para tratamento é necessário
consultar um médico para avaliar o quadro. Como a utilização de antibióticos é muito
intensa durante o tratamento, deve-se dar atenção ao intestino, uma vez que os
antibióticos acabam por prejudicar a microbiota intestinal, destruindo bactérias
boas e prejudicando o equilíbrio, que pode resultar uma má absorção de
nutrientes, causando uma dificuldade para a recuperação imunológica. Sendo
assim é interessante além do uso da glutamina (que também ajuda na recuperação
da parede intestinal) o uso de pró e pré-bióticos para a recuperação
intestinal.
A meningite é muito grave, porém com
os cuidados corretos como uma boa alimentação, higienização e cuidados com a
imunidade ela pode ser evitada. Quando a meningite já foi diagnosticada seu
tratamento deve ser levado a sério mesmo que isso implique na interrupção de
dietas e treinos para o desempenho, lembrando que a saúde está em primeiro
lugar e um bom tratamento evita futuras sequelas.
Para
saber mais acesse: ftp://ftp.cve.saude.sp.gov.br/doc_tec/RESP/MENI_SOBRE.pdf
Referências
ELCHNER E.R. Moléstias
infecto-contagiosas e Prática de Esportes. Sports
Science Exchange. Gatorade Sports Science Institute , v. 8, n. 3, jan/fev/mar.
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em: http://www.gssi.com.br/. Acesso em xx.xx.200x.
Centro
de Vigilância Epidemiológica, O que você precisa saber sobre Meningite,
disponível em : ftp://ftp.cve.saude.sp.gov.br/doc_tec/RESP/MENI_SOBRE.pdf,
acesso em 06/03/2012
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Meningite, disponível em: ftp://ftp.cve.saude.sp.gov.br/doc_tec/RESP/MENI_SOBRE.pdf,
acesso em : 06/03/2012
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Fabio, Meningite: Novidades e prevenção, Revista Saúde, disponível em: http://saude.abril.com.br/edicoes/0284/medicina/conteudo_224961.shtml,
acesso em : 06/03/2012
Kleiner, SM, Greenwood-Robinson, M., Nutrição para
o Treinamento de Força, 3 ª Edição Editora Manole, 2009
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