Nos
últimos anos, o número de praticantes de atividades físicas cresceu
consideravelmente. Com isto os exercícios físicos passaram a ser altamente
utilizados com objetivo de conquistar aumento de massa muscular. A busca por
resultados rápidos podem contribuir para a prática de atividades físicas de
forma inadequada quando efetuados sem acompanhamento de profissional
capacitado. O excesso de atividades físicas podem gerar quadros de lesões
musculares.
Um músculo se contrai mediante um estímulo que
faz com que as moléculas de actino-miosina se aproximem entre si. Um músculo é
irrigado a partir de vasos sanguíneos que penetram no seu interior, cuja
finalidade é suprir a quantidade de oxigênio necessário para o desempenho de
sua função de contração.
Nas lesões
musculares ocorre a ruptura das fibras musculares, ela é, nos dias de hoje,
bastante comum podendo acontecer por erro de treinamento, má preparação física,
aquecimento incorreto, sobrecarga muscular, excesso de uso (over use) ou ainda
por trauma direto.
Existem várias classificações para
estabelecer o nível das lesões musculares. Essas classificações são de acordo
com o grau de comprometimento das fibras musculares. Quando há ruptura mínima
das fibras denominamos lesão grau 1, quando ocorre laceração muscular com
significante hemorragia classificamos como lesão grau 2 e quando ocorre
completa perda da função e continuidade da maior parte ou de todo o músculo ela
é classificada como lesão grau 3.
O maior risco de lesão
muscular ocorre durante a contração excêntrica onde nesta prática realiza-se
trabalho de força e de alongamento ao mesmo tempo, aumentando assim o “estresse”
sobre os tecidos. A contração muscular excêntrica promove micro lesões nas
fibras musculares que, em associação a outros fatores, podem eventualmente
acometer todo o músculo, sendo, por isso, uma das responsáveis pela ruptura
parcial ou total do tecido muscular que caracteriza os estiramentos.
O alongamento é utilizado como um dos fatores para prevenção de
lesões. Dados combinados de cinco estudos que comparavam o alongamento e outros
caminhos para prevenir danos no treinamento concluiu que pessoas que alongavam,
não estavam nem mais nem menos suscetíveis a sofrer danos que a flexibilidade
aumentada supostamente prevenia; porém, outra pesquisa, citada pelo mesmo
autor, demonstrou que o aquecimento, que aumenta o fluxo de sangue através do
músculo e o torna mais pronto para responder ao exercício, pode reduzir o risco
de lesões, assim como o fortalecimento e o treino balanceado.
O uso de exercícios de alongamento para aumentar a flexibilidade é,
geralmente, baseado na idéia de que ele pode diminuir a incidência, a
intensidade ou a duração da lesão músculo tendinosa e articular. Uma extensibilidade
articular mínima parece ser vantajosa em alguns esportes e atividades para prevenir
a distensão muscular.
Publicado
por: Thais C. S. Silva
Referências:
Lopes, AS et al. Estudo Clínico e Classificação das lesões Musculares. Rev. Bras. Ortop. – Vol. 28, Nº 10 – Outubro.
Diniz, LS et al. Características da contração muscular excêntrica e sua relação com lesões musculares por estiramento: Uma revisão da literatura. Belo Horizonte. 2009.
Site eletrônico Doenças Músculo Esqueléticas.
Disponível em: http://www.infoescola.com/psicologia/dismorfia-corporal/.
Acesso em 30/04/2013.
Nenhum comentário:
Postar um comentário