Todo dia, milhões de pessoas, tanto atletas como não atletas,
procuram lojas especializadas de suplementos alimentares, na busca de produtos
para melhorar sua performance e sua estética.
O aumento da procura por academias,
paralelamente cresceu o mercado de suplementos nutricionais e, com este, o
consumo, muitas vezes sem auxílio de um profissional adequado.
O forte apelo publicitário e a
expectativa de resultados mais rápidos contribuem para uso indiscriminado
dessas substâncias por pessoas que desconhecem o verdadeiro risco envolvido.
A
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alerta que o consumo de
alguns suplementos alimentares, como Jack3D, Oxy Elite Pro, Lipo-6 Black, entre
outros, pode causar graves danos à saúde das pessoas. Alguns desses suplementos
contêm ingredientes que não são seguros para o consumo como alimentos ou contêm
substâncias com propriedades terapêuticas, que não podem ser consumidas sem
acompanhamento do profissional adequado. Os agravos à saúde humana podem
englobar efeitos tóxicos, em especial no fígado, disfunções metabólicas, danos
cardiovasculares, alterações do sistema nervoso e, em alguns casos, levar até a
morte.
A
Organização Mundial de Saúde também alerta ao consumo da substância
dimethylamylamine (DMAA), presente em alguns suplementos alimentares. O DMAA é
um estimulante usado, principalmente, no auxílio ao emagrecimento, aumento do
rendimento atlético e como droga de abuso. A ANVISA incluiu esta substância na
lista de substâncias proscritas no país, fato que impede a importação dos
suplementos que contenham esta substância, mesmo que por pessoa física e para
consumo pessoal. Seu consumo pode causar dependência, insuficiência renal,
falência do fígado e alterações cardíacas. O DMAA é encontrado na composição do
Oxielite Pro, Jack3D e Lipo-6 Black.
A
regulamentação sanitária brasileira permite que pessoas físicas importem
suplementos alimentares para consumo próprio, mesmo que esses produtos não
estejam regularizados na Anvisa. Entretanto, esses suplementos não podem ser
importados com finalidade de revenda ou comércio ou conter substâncias sujeitas
a controle especial ou proscritas no país, como é o caso do DMAA.
Alimentos
apresentados em formatos farmacêuticos (cápsulas, tabletes ou outros formatos
destinados a serem ingeridos em dose) só podem ser comercializados depois de
avaliados quanto à segurança de uso, quando se considera eventuais efeitos
adversos já relatados. Além disso, precisam ser registrados junto à Anvisa
antes de serem comercializados. Se você usa ou tem intenção de usar
suplementos alimentares, a Anvisa recomenda: Solicite orientação de seu
nutricionista ou médico para a identificação de produtos adequados e seguros.
Publicado por: Thais Cristina Soares Silva
Referências:
Carvalho, PB, Araujo, WM; Rotulagem de suplementos vitamínicos e minerais: Uma revisão das normas
federais, Brasília, 2008.
Agência
Nacional de Vigilância Sanitária; Anvisa alerta para risco de consumo de
suplemento alimentar. Disponível em: http://s.anvisa.gov.br/wps/s/r/Doo.
Acesso em 23/04/13
Revista
Eletrônica EsporteX.com.br. Disponível em: correio.fde.sp.gov.br,
Risco com Suplementos Alimentares. Acesso em 23/04/13.
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