sexta-feira, 10 de maio de 2013

L-Carnitina no esporte




A L-Carnitina é uma amina quaternária com função fundamental na geração de energia pela célula, pois age nas reações transferidoras de ácidos graxos livres de cadeia longa do citosol para mitocôndrias, facilitando sua oxidação e geração de adenosina trifosfato (ATP). O aumento do fluxo de substratos através do Ciclo de Krebs poderia resultar em produção e utilização mais efetivas do oxigênio, além da melhora na capacidade de realizar tarefas físicas. A carnitina também tem sido freqüentemente utilizada como coadjuvante no tratamento de dislipidemias, uma vez que atua como um importante co-fator na oxidação de ácidos graxos de cadeia longa, aumentando a utilização de triglicerídeos para o fornecimento de energia.

É sintetizada no organismo a partir de dois aminoácidos essenciais, lisina e metionina, exigindo para sua síntese a presença de ferro, ácido ascórbico, niacina e vitamina B6.

A concentração orgânica de carnitina (aproximadamente 20g ou 120mmol) é resultante de vários processos metabólicos, tais como ingestão, biossíntese, transporte dentro e fora dos tecidos e excreção. Doenças que comprometem algum desses processos, e que têm como características o aumento do metabolismo e estado nutricional debilitado, geram um estado carencial de carnitina. As conseqüências são relacionadas principalmente ao metabolismo de lipídeos.

A L-Carnitina é uma substância que transporta a gordura acumulada para as dentro das células para ser gasta em forma de energia, processo chamado de oxidação lipídica, que ocorre durante a prática de exercícios físicos, por exemplo.

Além disso, por ser uma substância produzida no organismo em condições normais e com boa tolerabilidade, a suplementação de L-carnitina tem sido estudada em função de possíveis efeitos antioxidantes, tanto em indivíduos saudáveis quanto naqueles com necessidades especiais, como portadores de doenças isquêmicas e neuropatia diabética. A carnitina também ser consumida através de cápsulas, líquidos ou alimentos, já que é encontrada na proteína animal.

Embora ainda não exista recomendação de ingestão diária, a maior parte dos estudos em humanos utilizam doses entre 2 e 6g/dia de carnitina por períodos de dez dias a dez semanas, além de administrações agudas, sendo que as doses orais usualmente suplementadas variam entre 500 e 2000mg/dia.

Em uma ampla revisão acerca da suplementação com carnitina, Carretelli & Marconi observaram que doses entre 1 a 6g/dia por até seis meses melhoraram consideravelmente as concentrações plasmáticas de carnitina, sem nenhum efeito adverso ou intoxicação nesses indivíduos.

Para além da L-Carnitina, há também a D-Carnitina. Nos casos o “D” (ou dextro molécula) possui rotação para a direita. Mudando a posição, mudam as propriedades químicas, o que acontece com a L-Carnitina. Ela não é recomendada para o consumo humano e não está presente nos alimentos, ao contrário da L-Carnitina, cuja orientação é para a esquerda.




Postado por: Thais C. S. Silva
Referências:

Coelho, CF et al, Aplicações clínicas da suplementação de L-carnitina., Rev. Nutr. v.18 n.5 Campinas set./out. 2005

Revista eletrônica Sua Saúde. Disponível em http://www.tuasaude.com/emagrecer-com-l-carnitina/. Acesso em 10/05/2013.
Revista eletrônica L-carnitina. Disponível em  http://www.lcarnitina.net/. Acesso em 10/05/2013.



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