quarta-feira, 8 de maio de 2013

OVERTRAINING


       Um programa de treinamento é composto pela manipulação do volume e da intensidade, sendo que uma má recuperação irá provocar declínios na performance. A estrutura do treinamento é organizada pela aplicação de cargas de intensidades crescentes, sendo precedidas por um período de recuperação, onde culminam numa supercompensação, na qual será assimilada uma overdose energética. Desta maneira, teremos uma melhora no nível de capacidade física do atleta.

         A supercompensação é definida como a aplicação de vários dias de treinamento intenso, seguido por alguns dias de treinamento leve e descanso. Para isso é necessário identificar se o atleta se adaptou, pois se isso não ocorrer antes que um novo estímulo seja aplicado, um desequilíbrio progressivo ocorrerá.

     A aplicação aguda contínua de cargas desencadeará um estado denominado overreaching, que é uma pequena queda no desempenho por um período curto de tempo (dias a semanas). Porém, em duas a três
semanas ocorre o reestabelecimento do equilíbrio na performance do atleta; sendo considerado uma resposta fisiológica normal do treinamento. Quando este período de overreaching não for bem administrado,
teremos então uma queda progressiva da performance, evidenciando sinais de overtraining.

Segue abaixo os principais sintomas e alterações ocorridas no overtraining: 
  • Baixa performance em competições e incapacidade de manter o treinamento; 
  • Alteração do estado de humor; 
  • Alteração dos padrões de imunidade, como aumento no risco de infecções do trato respiratório superior (especialmente nos atletas de endurance); 
  • Catabolismo protéico; 
  • Fadiga persistente; 
  • Distúrbios do sono.
           A nutrição pode ser uma grande aliada neste processo. A oferta de nutrientes adequados para cada fase de treinamento, favorecendo o equilíbrio corporal como um todo. Quem treina com baixas reservas de carboidratos, por exemplo, aumenta na circulação hormônios do estresse e causa perturbação no sistema imune, predispondo o atleta a um estado de imunossupressão e ao overtraining propriamente dito. 

          Uma alimentação rica em vitaminas, minerais e fitoquímicos são importantes não apenas para a performance, pois não só melhora o rendimento e recuperação, mas também otimiza todos os aspectos que envolvem a saúde geral de quem treina com seriedade. 


         O uso de alguns suplementos esportivos podem fazer parte da prescrição do profissional Nutricionista, como a glutamina, ácidos graxos ômega-3, antioxidantes, entre outros. Para corrigir o estado de disbiose (processo que aumenta a absorção de substâncias tóxicas sobrecarregando a função hepática), podem ser necessários uso de prébioticos e probióticos.


Postado por: Dayane Oliveira Fiuza

Referências:

VIEIRA, Adriano Kessler. ALTERAÇÕES HORMONAIS, IMUNOLÓGICAS E FISIOLÓGICAS DURANTE O ESTADO DE OVERTRAINING. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo, v. 01, n. 02, p.23-29, 22 mar. 2007.

Revista Suplementação. Evite o overtraining através da alimentação. Set. 2012, São Paulo.



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