Embora pareça prático consumir o suco em vez da fruta como fonte de vitaminas e minerais, essa troca pode não ser adequada quando diz respeito a todos os aspectos nutricionais. Recentemente foi publicado um estudo na Revista "British Medical Journal", realizado com uma amostra de 187.382 americanos para investigar se o consumo de frutas e do suco de frutas se associavam ao risco de desenvolver Diabetes tipo 2. Foi verificado que maior consumo da fruta in natura, sobretudo as “berries” (frutas vermelhas), uvas, maçãs e bananas, associou-se significativamente com um risco reduzido de diabetes tipo 2. Em contra partida, o maior consumo de suco de frutas foi associado com um risco aumentado de ter a doença.
Os autores do artigo relatam diversas limitações no estudo e recomendam não extrapolar os resultados para outras populações, entretanto é importante enfatizar que as frutas in natura possuem aspectos nutricionais adicionais em relação ao suco, como por exemplo a presença de fibras, as quais auxiliam no controle da glicemia e na saciedade. Ao contrário do suco, que devido ao seu processamento pode inclusive perder alguns nutrientes e concentrar maior quantidade de carboidratos (frutose) devido ao uso de mais de uma fruta.
As frutas citadas no artigo possuem nutrientes com propriedades funcionais que auxiliam na diminuição do estresse oxidativo, comumente presente em doenças como Diabetes e Câncer. A maçã, a banana e a uva são encontradas facilmente no Brasil, como também as “berries” que podem ser representadas pelo nosso Açaí. Contudo, dentro de uma perspectiva de alimentação saudável recomenda-se variar o consumo de frutas, seguindo a orientação da safra de maneira a atender todas as necessidades de vitaminas e minerais, as quais variam as suas necessidades de acordo com idade e sexo. Embora a quantidade de frutas deva seguir o plano alimentar individualizado, a recomendação do Ministério da Saúde para a população brasileira é o consumo de pelo menos 03 porções de frutas por dia.
Postado por: Graziela Cervilla Toce
Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes
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