segunda-feira, 30 de outubro de 2017

O papel dos micronutrientes na prática esportiva

A prática regular de atividade física apresenta muitos benefícios, entre eles o controle da pressão arterial, a diminuição do risco de doenças crônicas não transmissíveis, o aumento do HDL colesterol, o auxílio na melhora da resistência à insulina, que é importante para o diabético, e, consequentemente, promove melhor qualidade de vida e longevidade. Entretanto a realização frequente de exercícios físicos de alta intensidade pode aumentar a suscetibilidade a lesões, promover fadiga muscular e overtraining em virtude do aumento da formação de radicais livres, associado ao metabolismo energético acelerado.

O sistema de defesa antioxidante é essencial para o combate ao estresse oxidativo. Antioxidantes são substâncias capazes de retardar ou inibir a oxidação do substrato. Abordagens nutricionais vêm sendo utilizadas, uma vez que a atuação dos antioxidantes na redução dos efeitos oxidativos promovidos pelo exercício se mostra eficaz. Entre elas, destaca-se a suplementação de vitaminas, minerais e ácidos graxos essenciais com potencial antioxidante.

Zinco: atua como cofator da enzima superóxido dismutase e na regulação da síntese da metalotioneína, proteínas importantes no sistema de defesa antioxidante. Além disso, em níveis adequados atua de maneira importante na redução do impacto da fadiga, sintoma que afeta os atletas devido ao aumento da produção de lactato.

Magnésio: Os níveis adequados no corpo são essenciais para sua ação antioxidante, pois esse mineral reduz a peroxidação lipídica, além de melhorar o desempenho físico, uma vez que sua deficiência nos músculos os torna mais suscetíveis à infiltração de macrófagos e neutrófilos e ao rompimento do sarcolema, assim, dificultando o processo de regeneração e podendo ocasionar queda no desempenho físico.

Vitamina E: A suplementação com α-tocoferol, vitamina E, pode ser eficiente para reduzir o estresse oxidativo e a quantidade de lesões às células, após o exercício exaustivo. Em pesquisa realizada com ciclistas, a suplementação durante 5 meses promoveu menor concentração sérica de creatina quinase em resposta a exercício extenuante de endurance praticado por atletas.

A vitamina C:
trabalha em sinergia com a vitamina E. A vitamina E, ao prevenir a peroxidação lipídica, forma o composto tocoferoxil e, para ser regenerada, necessita dos elétrons doados pela vitamina C.

Selênio: desempenha importante papel antioxidante por ser essencial na síntese da enzima glutationa peroxidase, além de potencializar a atividade antioxidante da vitamina E.

Ômega 3: o ácido linolênico (ômega-3) destaca-se por também atuar como antioxidante, combatendo estresse oxidativo, além de possuir ação anti-inflamatória. 




Por: Thayná Galvão 





FONTES:
CRUZAT, V. F. et al. Aspectos atuais sobre estresse oxidativo, exercícios físicos e suplementação. Rev Bras Med Esporte, São Paulo, v. 13, n. 5, p. 336-342, 2007.

COZZOLINO, S. M. F. Vitamina C. In: COZZOLINO, S. M. F. Biodisponibilidade de nutrientes. 2. ed. Barueri: Manole, 2007. p. 276-292 / 305-324

PEREIRA, M. B. P. O papel dos antioxidantes no combate ao estresse oxidativo observado no exercício físico de musculação. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo. v. 7. n. 40. p. 233-245, 2013.


SCHNEIDER, C. D.; OLIVEIRA, A. R. Radicais livres de oxigênio e exercício: mecanismos de formação e adaptação ao treinamento físico. Rev Bras Med Esporte, São Paulo, v. 10, n. 4, p. 308-313, 2004.

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