sábado, 26 de outubro de 2024

Doença de Parkinson


 

A doença de Parkinson é uma condição neurológica que mexe com a vida de milhões de pessoas no mundo todo. Ela não afeta só o corpo, traz também desafios físicos e emocionais, mudando a forma com a pessoa lida com o dia a dia. 

Basicamente, o Parkinson acontece quando células do cérebro que produzem dopamina, um neurotransmissor essencial para controlar os movimentos, começam a morrer. Com menos dopamina, surgem aqueles sintomas clássicos: tremores, rigidez muscular, lentidão e com o tempo, dificuldade de manter o equilíbrio. A doença vai além dos sintomas motores, muitas vezes, as pessoas também lidam com com mudanças de humor, insônia, perda do olfato e dificuldades cognitivas. É uma condição que não tem cura, mas há diversos tratamentos para aliviar os sintomas, além de fisioterapia, fonoaudiologia e até cirurgias. 

Tratamento X  Nutrição

O medicamento Levodopa, é um dos principais tratamentos para essa doença e ele pode interferir na absorção de proteínas no organismo, e isso ocorre devido ao modo como é metabolizado pelo nosso corpo. Esse medicamento acaba competindo com aminoácidos para ser absorvida no intestino e transportada até o o cérebro. Caso haja muita proteína na dieta, a competição entre o medicamento e os aminoácidos pode reduzir a quantidade de levodopa que chega ao cérebro, diminuindo assim sua eficácia e o controle dos sintomas motores. 

Por esse motivo, é necessário panejar o consumo de proteínas e tomar a medicação 30 minutos antes ou 1 hora após as refeições com proteína.  

Recomendações Nutricionais

Algumas características da dieta são:  

  • Controle de proteínas: geralmente o desjejum e o almoço com pouca proteína; 
  • Aumento das Fibras e da Hidratação: constipação é um sintoma comum da doença; 
  • Antioxidantes: ajudam a combater o estresse oxidativo, que é elevado no cérebro de pessoas com Parkinson;
  • Fracionamento das refeições e porções pequenas;
  • Vitamina D e Cálcio: pessoas com essa doença tem riscos elevados para osteoporose.
É importante lembrar que não se deve apressar o paciente durante as refeições e não insistir no uso de talheres. Os Finger Foods, são alimentos preparados em pequenos pedaços, que podem ser facilmente segurados e levados a boca com as mãos e acabam sendo uma ótima opção para os pacientes que que enfrentam dificuldade em segurar os talheres, trazendo mais autonomia e conforto durante as refeições. 


Estagiária: Amanda Forni

Referências: 

  • https://nutritotal.com.br/pro/material/terapia-nutricional-no-paciente-com-doencas-neurodegenerativas/
  • https://www.erichfonoff.com.br/excesso-de-proteina-pode-comprometer-a-absorcao-da-levodopa/#:~:text=Excesso%20de%20prote%C3%ADna%20pode%20comprometer%20a%20absor%C3%A7%C3%A3o%20da%20levodopa,-22%2F01%2F2019&text=Diversos%20parkinsonianos%20relatam%20que%20uma,Parkinson%2C%20produz%20um%20efeito%20negativo.
  • https://www.espen.org/files/ESPEN-Guidelines/ESPEN-guideline_clinical_nutrition_in_neurology.pdf

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