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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Previna-se da desidratação.


A perda hídrica pela sudorese durante o exercício pode levar o organismo à desidratação, com aumento da osmolalidade, da concentração de sódio no plasma e diminuição do volume plasmático. Quanto maior a desidratação, menor a capacidade de redistribuição do fluxo sanguíneo para a periferia, menor a sensibilidade hipotalâmica para a sudorese e menor a capacidade aeróbica.

Os efeitos fisiológicos da desidratação induzida pelo exercício têm sido estudados através da comparação de diversas respostas fisiológicas de indivíduos quando estes não repõem as perdas de líquido durante um exercício prolongado, ou as repõem parcial ou totalmente. Há uma diminuição no volume plasmático com o início do exercício. Esta redução é influenciada pelo tipo e pela intensidade do exercício, assim como pela postura adotada. A variação no volume é menor quando a ingestão de líquidos é maior e pode ser prevenida se a taxa de ingestão de líquidos for igual à taxa de perda de líquidos.

A gravidade específica da urina tem sido considerada como um bom método não-invasivo para a avaliação do estado de hidratação dos indivíduos.
A variação do peso corporal também pode ser utilizada para a avaliação do estado de hidratação. A partir da diferença do peso corporal antes e após o exercício é possível calcular o percentual de perda de peso para classificar o estado de hidratação.

Sabe-se que durante o exercício a função renal pode tornar-se alterada. Alguns estudos têm relatado diminuições de 20 a 60% na função renal, com conseqüente aumento na concentração da urina, em situações de exercício competitivas e de laboratório. Neste sentido, uma das possíveis explicações seria que uma ingestão excessiva de líquidos, somada à função renal alterada durante o exercício, poderia ocasionar hemodiluição e deslocamento do excesso de água para o espaço intracelular, que pode ser fatal.

Outro método prático para a estimativa da hidratação corporal é a análise da coloração da urina, utilizando-se a escala proposta por Armstrong et al. A escala apresenta uma boa correlação com a densidade e a osmolalidade urinárias e com a osmolalidade plasmática
A coloração da urina pode ser usada para indicar o estado de hidratação do corpo. Uma urina muito escura, para pessoas saudáveis, pode significar pouca água para diluir as toxinas e impurezas a serem eliminadas, tornando-a muito concentrada.

Ou seja, quanto mais clara a urina, mais diluída ela se encontra, o que facilita o processo de eliminação urinária.

Indivíduos desidratados apresentam um volume de sangue menor que o normal, o que força o coração a aumentar o ritmo de seus batimentos, quadro chamado pelos médicos de taquicardia. Com menos água, a pele se torna áspera e as mucosas perdem o turgor, ficando com aspecto enrugado e pouco viçoso. Os olhos podem ficar fundos.

Quando a falta de água prejudica o funcionamento dos músculos, podem ocorrer fraqueza e sensação de corpo pesado. Se a falta de água chegar ao cérebro. Casos graves de desidratação prejudicam o funcionamento dos rins, cuja função é excretar a urina. Quando isso ocorre, o volume urinário pode ficar perigosamente baixo ou simplesmente chegar à zero

Avaliação da urina

Reproduzido com a permissão do professor Lawrence Armstrong, líder mundial dos especialistas em fisiologia do esporte. Seu extenso trabalho com atletas de alta performance levou a desenvolver e refinar esta escala de cores - de forma simples para estimar o estado de hidratação, um fator determinante da resistência física. Esta ferramenta pode ser utilizada para estimar o estado de hidratação.

Esse sistema de escala é um método de baixo custo, prático.

Obs.: A amostra deve ser colhida através de um recipiente, e não comparar diretamente ao vaso sanitário. A cor da urina pode ser influenciada pelo conteúdo da sua dieta ou tratamento médico.



NÃO IMPRIMA!

Devido à discrepância na reprodução das cores por diferentes impressoras, não é garantida uma reprodução precisa da escala, portanto não estão autorizadas impressões.

Existem empresas que fornecem gratuitamente essa tabela para análise, a solicitação deve ser feita pelo telefone 0800-7017561 de segunda a sexta-feira das 08:00 às 17:30 (exceto feriados).

Postado por Bruno Garbini e Danielle Loverri


Fontes consultadas

Machado, C. A. et al. Hidratação durante o exercício: a sede é suficiente? Rev Bras Med Esporte vol.12 no.6 Niterói Nov./Dec. 2006





sábado, 27 de agosto de 2011

Os 70% do nosso corpo, a água!



A água é um bem público indispensável para a vida e sua importância para a saúde pública é largamente reconhecida; porém, mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo não têm acesso à água tratada, entre as quais 19 milhões residem no Brasil.

Todos os organismos vivos apresentam de 50 a 90% de água em si. O próprio corpo humano é constituído em 70% por água, onde então hidrata, lubrifica, aquece, transportam nutrientes, elimina toxinas e repõe energia.

Em constante renovação, um indivíduo adulto perde por dia, em condições normais, uma média de 2,5 litros de água (cerca de 800 ml pela expiração e urina 1,2 litros pela transpiração e 0,6 litros pelas evacuações fecais). Assim um adulto em condições normais, deveria consumir ao mínimo dois litros e meio diariamente para evitar desidratação.

Basicamente quando uma pessoa sente sede, é porque o corpo já está com níveis reduzidos de água em seu metabolismo há algum tempo, pois no corpo há mecanismos onde “economizam“ água, (reduzindo a produção de urina, desidratando fezes e diminuindo a transpiração, assim, quando se sente sede, o organismo na verdade está com seus reservatórios de água em níveis baixos, não compensando as perdas de água.

São observados alguns relatos de praticantes de esportes, onde informam que após o exercício físico tiveram uma acentuada perda de peso, esse peso foi unicamente água, o que é necessário observar que a perda de peso é algo que vem com o tempo e o desenvolvimento do seu corpo com o exercício praticado. E, apesar da elevação da auto-estima ao identificar a diminuição do peso na balança, devemos atingir essa perda de peso trabalhando em cima do percentual de gordura, assim estará emagrecendo saudavelmente.

Indica-se a ingestão de água independente da sede, mas sim rigorosa e constante, sendo aproximadamente um mínimo de 01 copo de 200 ml por hora (enquanto acordado). Mas, não é por esse motivo que deve ser ingerido os 2 a 3 litros de uma única vez, pois tomando base de estudos que apontam que o estomago capacita apenas 12 ml/kg/hora de líquidos.

Sempre consulte orientações de profissionais especializados ao iniciar uma atividade física.


Postado por Bruno Garbini


Fontes consultadas





FURTADO, C. M. et al. Avaliação de hábitos e conhecimentos sobre hidratação de praticantes de musculação uma academia da cidade de São Paulo. Revista Digital Buenos Aires – Ano 14 – numero 133 – junho 2009





quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Repositores Hidroeletrolítico


A busca pela qualidade de vida e longevidade faz com que as pessoas busquem um estilo de vida mais saudável, como a  prática de atividade física. 


Deste modo, uma área em intenso crescimento é o comércio de alimentos para praticantes de atividade física.


De acordo com estudo recente, há necessidade de fiscalização sobre a composição e rotulagem nutricional desses alimentos. 


Neste estudo, foram avaliados os rótulos de repositores hidroeletrolíticos nacionais prontos para consumo, comercializados em Belo Horizonte e Campinas, analisando sua conformidade em relação às legislações vigentes do Brasil. 


Conforme os resultados, todas as marcas apresentaram informação insuficiente e ausência da indicação quantitativa do conteúdo líquido em cor contrastante, infringindo a legislação, além de algumas apresentarem rótulos ilegíveis e teror de eletrólitos diferentes do que citados nos rótulos. 


Deste modo, o estudo demonstrou ser necessária a revisão das formulações e rótulos pelos fabricantes, assim como a fiscalização pelos órgãos competentes, visando garantir a funcionalidade dos repositores hidroeletrolíticos.


Outro estudo nessa área avaliou os efeitos da osmolaridade e concentrações eletrolíticas de três bebidas de diferentes osmolaridades após prática de atividade física de alta intensidade e duração. 


De acordo com os resultados, observaram-se diferentes graus de desidratação após o consumo dos repositores hidroeletrolíticos na população estudada.


Os dados dos estudos evidenciam a necessidade da rigorosa supervisão na produção, rotulagem e indicação do consumo de repositores hidroeletrolíticos, uma vez que são necessários em muitos casos, mas devem garantir ao propósito de repor os  hidroeletrolíticos de forma adequada, contribuindo para repor as perdas e colaborar com a saúde dos consumidores.


Postado por: Heleuza Silva e Priscila Lumazini

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Desidratação em altitude: um estudo de caso


A influência do clima montanhoso sobre o organismo do homem é determinada por diversos fatores da natureza. Entre eles encontram-se as diferenças bruscas de umidade e temperatura, a diminuição da pressão atmosférica e da pressão parcial do oxigênio . A pressão parcial do oxigênio (PO2) decai gradativamente com o aumento da altitude. Ao nível do mar a PO2 inspirada é de 159 mmHg e no topo do Monte Everest esta é de 42 mmHg. Logo, em altitude, ocorre uma queda na pressão arterial de oxigênio (PaO2), podendo levar o indivíduo à uma hipóxia (deficiência de oxigênio). Com a intenção de evitar ou minimizar os efeitos da hipóxia, o organismo ativa o sistema de hiperventilação, que é um aumento na freqüência e profundidade respiratórias. O ar nas regiões montanhosas costuma ser frio e seco, o que pode ocasionar uma grande perda na quantidade de água corporal através da respiração, a hiperventilação intensifica esta maneira de perda líquida. As perdas excessivas de água, sais e outros eletrólitos, juntamente com a falta de água disponível em altitude, pode ocasionar um dos grandes problemas enfrentados pelos montanhistas, a desidratação. Uma redução de apenas 1% a 3% do peso corporal, ocasionada pela desidratação, pode deteriorar as respostas fisiológicas e do desempenho.Uma perda parcial de água, por exemplo, de 4 a 5% do peso corpóreo, a capacidade de trabalho já é reduzida em 20 a 30%. A perda de líquidos aumenta em até 5 vezes no exercício, principalmente devido ao índice de evaporação durante a respiração. Contudo, não se conhece o nível de desidratação em altitudes superiores a 6.000 m.
As dificuldades presentes em expedições na altitude com relação aos aspectos fisiológicos do corpo humano, juntamente com a falta de estudos na área, apontam a necessidade das coletas de dados para a verificação do nível de desidratação que um alpinista pode apresentar numa escalada a um pico de aproximadamente 6.000 metros, e quais são as suas conseqüências.

A perda de peso na altitude é devido inicialmente à desidratação, mas que este quadro pode ser alterado próximo de três semanas de exposição. O percentual de redução do peso corporal é utilizada para quantificar o grau de desidratação.
Os praticantes do montanhismo devem ter uma grande responsabilidade com relação a sua alimentação e hidratação. As grandes altitudes, além de provocar a grande perda de líquidos, pode provocar uma perda no apetite e diminuição da sede. Sendo assim, o próprio praticante deve controlar suas ingestas, pois mesmo não sentindo a necessidade de se alimentar e ingerir água, o organismo pode estar apresentando um déficit.
A sede é a sensação que impele o indivíduo a beber água, o controle da sede e da secreção de ADH é realizado pelos osmorreceptores e receptores sensíveis às mudanças do volume plasmático. Modificações de apenas 1% na osmolaridade do plasma são suficientes para ativar os osmorreceptores, que estão localizados no hipotálamo, aumentando a descarga desses receptores e conseqüentemente a sensação de sede e a secreção de ADH (pela neurohipófise).
Quando o indivíduo tem a sensação de sede, quer dizer que ele já está em um estágio de desidratação. Quando o estímulo da sensação é enviado, a falta de água já foi detectada.
A água é uma boa opção para reidratação devido ao fato de ser facilmente disponível, com baixo custo e um esvaziamento gástrico relativamente rápido. Contudo, para atividades prolongadas (mais de uma hora) seria mais eficaz beber líquidos contendo de 0,5 a 0,7g/l de sódio, pois somente a água favoreceria a desidratação voluntária, dificultando o equilíbrio hidro-eletrolítico.
P
equenas quantidades de eletrólitos (e de glicose) adicionadas a bebida para reidratação, podem proporcionar efeitos positivos no processo de reidratação. A água pura estimula a produção de urina devido a dissolução do sódio e reduz a sensação de sede, que depende do sódio. O acréscimo destas pequenas quantidades de eletrólitos mantém a concentração plasmática de sódio e o impulso da sede, restaurando mais rapidamente o volume plasmático perdido.
Os índices da densidade de urina obtidos, tanto no início da escalada (1.006), quanto no fim (1.014), não chegaram a representar um nível significativo de desidratação, o índice mínimo para apresentação de sintomas da desidratação é 1.015.
Contudo com a intenção de evitar a perda excessiva de água corporal os atletas devem estar atentos a ingestão correta de líquidos.




Postado por Heleuza Silva e Priscila Lumazini