quarta-feira, 28 de setembro de 2011

IRVINGIA GABONENSIS - " Manga africana"


O Extrato de Irvingia gabonensis consiste do extrato das sementes de uma fruta natural da África e do sudeste asiático, chamada Irvingia gabonensis, popularmente conhecida como “Manga Africana”. Estudos epidemiológicos realizados em populações tribais da África descobriram que os povos de certa região apresentavam baixa incidência de obesidade, diabetes e doenças relacionadas devido ao uso constante de uma pasta feita das sementes da Irvingia com a finalidade de espessar sopas. Após a descoberta foi desenvolvido um extrato concentrado de Irvingia, a partir do qual foram feitos vários estudos.

Em camarões foi feito um estudo onde durante 04 semanas cada grupo participante recebeu um tipo diferente de cápsula uma contendo 350 mg de  extrato da semente de Irvingia gabonensis  e o outro um comprimido placebo de farelo de aveia. As cápsulas eram idênticas em forma, cor e aparência e os pacientes não sabiam qual das cápsulas recebeu.  As cápsulas foram tomadas três vezes ao dia, meia hora antes das principais refeições. Os participantes foram orientados a consumir uma dieta de baixa caloria, aproximadamente 1800Kcal, bem como manter um registro de sete dias consecutivos do que consumiam.
Irvingia gabonensis induziu uma diminuição no peso de 2,91kg, o que seria aproximadamente 1,48%, após duas semanas e 56 kg, ou seja, 2,7% após um mês. Já os resultados com o grupo que ingeriu os placebos não foram tão satisfatórios.

Também foi observado que o colesterol plasmático foi reduzido 39,21%, os níveis de triglicérides 44,9% e o LDL (“colesterol ruim”) 45,58% e um aumento de 46,85% no HDL (“colesterol bom”). Os níveis de glicose no sangue também foram reduzidos (32,36%). Nenhuma mudança significativa foi observada no grupo placebo.

Ainda é importante ressaltar que a Irvingia produziu uma redução significativa na pressão sanguínea sistólica dos participantes deste estudo. Os autores explicaram que as fibras solúveis da I. gabonensis são capazes de aumentar de volume no intestino e provocar efeito laxativo, o que pode ter contribuído com os resultados. 

Eles também reafirmaram a capacidade das ditas ricas em fibras em retardar o esvaziamento gástrico, uma propriedade que pode ter sido responsável pela absorção gradual de açúcar e consequentemente a diminuição dos níveis glicêmicos.

Outro estudo concluiu que as proteínas Irvingia podem ter uma atividade anti-amilase. Inibidores de amilase são também conhecidos como bloqueadores de amido, pois eles contêm substâncias que impedem que o amido consumido na dieta seja digerido pela amilase pancreática. E que a estimulação da secreção de insulina pode ser outro local de ação possível para as proteínas Irvingia gabonensis. Neste estudo observou-se menor variação da carga pós-prandial com a fração de proteína.

Um terceiro estudo ainda conclui que o extrato da semente de Irvingia gabonensis pode desempenhar um importante papel no controle da adipogênese (formação de novas células adiposas).  

Atualmente acredita-se que o extrato da semente de Irvingia gabonensis reduz medidas pela queima de gordura e ao mesmo tempo ajuda a controlar a dislipidemia, reduzindo o colesterol LDL e triglicerídeos e melhorando os níveis do colesterol HDL, assim como reduz os níveis de glicose no sangue.


Recomendação:

O Extrato de Irvingia gabonensis é recomendado como auxiliar no tratamento da obesidade, diabetes e doenças relacionadas, pois ajuda no controle das taxas glicêmicas e colesterol, tem efeito laxativo e aumenta o tempo de saciedade, o que faz com que a pessoa deixe de comer por compulsão.

Posologia:
Baseado nos estudos, recomenda-se a ingestão de uma cápsula de 150mg a 500mg do extrato de Irvingia gabonensis três vezes ao dia, meia hora antes das principais refeições.

Efeitos colaterais:
O principal efeito colateral da Irvingia garbonensis demonstrado em estudos, pesquisas e depoimentos é justamente na diminuição do apetite, provavelmente pelo fato da Irvingia aumentar a atividade da leptina, substância relacionada à fome e o maior apetite.

As sementes de Irvingia têm sido utilizadas por tribos indígenas africanas por séculos, sem que tais pessoas tenham sofrido quaisquer efeitos colaterais negativos aparentes decorrentes do seu consumo quase diário.

Postado por Danielle Loverri

Fontes consultadas:

Ngondi, J. L.; Oben, J. E.; Minka, S. R. The effect ofIrvingia gabonensis seeds on body weight and blood lipids of obese subjects inCameroon. Lipids Health Dis, 4: 12, 2005.


Ngondi, J. L. et al. Glycaemic variations afteradministration of Irvingia gabonensis seeds fractions in normoglycemic rats. Afr J Trad, Compl Alter Med, 3 (4): 94-101, 2006.


Oben, J. E.; Ngondi, J. L.; Blum, K. Inhibition of Irvingia gabonensis seed extract (OB131) on adipogenesis as mediated via down regulation of the PPARgamma and Leptin genes and up-regulation of the adiponectin gene. Lipids Health Dis, 7: 44, 2008.



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