terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Tabagismo, Alimentação e Nutrição



Nicotiana tabacum é o nome científico do tabaco, cujas folhas secas são utilizadas para a fabricação de cigarro.  O hábito de fumar causa milhões de mortes em todo o mundo anualmente, sendo responsável por altas taxas de mortalidade e morbidade. Essa relação ocorre porque o tabagismo se tornou um grande fator de risco para outras doenças.

Esse hábito pode trazer diversos malefícios à saúde, como: desenvolvimento de doenças cardiovasculares (hipertensão arterial, acidente vascular cerebral, infarto, trombose e taquicardia), problemas no sistema respiratório (rinite, bronquite, sinusite, asma, enfisema pulmonar e produção de muco), impotência sexual nos homens, vários tipos de câncer (boca, laringe, esôfago, pâncreas, pulmão, próstata, útero, bexiga e rins), úlceras no aparelho digestivo, incidência de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), alterações do perfil lipídico (principalmente a redução do HDL-colesterol), osteoporose, mudanças de humor e alteração do sistema imune da pessoa (tornando-a mais vulnerável a doenças infecciosas).

Os fumantes relatam que perdem peso ao iniciar o vício, e posteriormente ganham peso quando decidem parar de fumar. A perda de peso ocorre porque a nicotina age no cérebro da pessoa inibindo o apetite, e por isso o fumante come menos. Já o ganho de peso está mais relacionado com as mudanças psicológicas sofridas ao cessar o contato do organismo com a nicotina. Os fumantes ficam mais ansiosos e estressados, e tentam compensar esses sintomas com o consumo excessivo de alimentos ricos em gordura e açúcar.

Estudos demonstram que mães as quais fumam durante a gestação podem gerar crianças com alterações neurológicas, redução do perímetro cefálico, baixo peso e baixa estatura, além de trazer riscos à mãe e aborto espontâneo. Outras pesquisas relacionaram baixa presença de alguns nutrientes (ácido fólico, vitaminas A, C e B12) na circulação sanguínea de fumantes passivos, especialmente de crianças que têm pais ou responsáveis fumantes, devido ao estresse oxidativo provocado pela exposição diária à nicotina.

Uma alimentação variada e equilibrada, aliada a prática de atividade física, podem ajudar o ex-fumante a controlar os sintomas nas crises de abstinência e também melhorar a qualidade de vida. Para orientações espefícificas, é importante procurar um profissional nutricionista.

Postado por Daniela Alvarenga e Elineides Silva

Referências: 

Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Incidência de câncer no Brasil [monografia na Internet]. Rio de Janeiro: Inca [acessado em 2011, para informações de 2005]. Disponível em:www.inca.gov.br/estimativa/2005/

Hardman AE. Atividade Física e Risco de Câncer. Proceedings of the Nutrition Society 2001, 60:107-113.

Stein R, Ribeiro JP. Atividade física e Saúde. Em: Duncan BB, et al. Medicina ambulatorial. São Paulo: Artes Médica, 2004. Cap. 53. p.508-515.

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