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quarta-feira, 6 de junho de 2012

Os enigmas do café


           

          O café é a bebida mais consumida no Brasil e no mundo ocidental. O fato de ser uma bebida tão popular, explica o interesse por estudos sobre as substâncias presentes e a relação de muitas delas com a saúde.

         Existem diferentes maneiras de se preparar a bebida café, que variam conforme a tradição de cada país. No Brasil, as formas de preparo mais comuns são: café fervido ou estilo escandinavo (sem filtração do pó), filtrado (filtro de papel), café à brasileira (filtro de pano) e café expresso, além do uso do café instantâneo ou solúvel.

         Estudos investigam que os compostos encontrados no café, como a cafeína e os diterpenos cafestol e kahweol estão relacionados com Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), inflamação endotelial, Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), Doença Arterial Coronariana (DAC), arritmias cardíacas, acidente vascular cerebral e dislipidemias. Algumas dessas relações estão listadas abaixo:


Café e hipertensão arterial
         A cafeína é a substância do café mais estreitamente relacionada com a Pressão Arterial (PA). No sistema cardiovascular, ela produz aumento agudo do débito cardíaco, vasoconstrição e aumento da resistência vascular periférica. Contrariamente a estes efeitos indesejáveis, alguns estudos têm demonstrado atividade antioxidante da cafeína o que a tornaria um protetor em potencial contra os efeitos citados no sistema cardiovascular.

Café e dislipidemias
         Os diterpenos cafestol e kahweol, por sua vez, apresentam potenciais efeitos no aumento dos lipídeos, especialmente sobre a elevação do colesterol no sangue. O teor de cafestol e kahweol na bebida varia em função do modo de preparo, ou seja, da técnica culinária de preparação da bebida. O café turco e o fervido, por exemplo, contêm níveis relativamente altos, enquanto o filtrado e o instantâneo contêm níveis baixos.

Efeito protetor dos antioxidantes do café
         O café ainda é uma importante fonte de ácidos fenólicos e outros compostos responsáveis pelo aroma, que tornam a bebida uma das maiores fontes de antioxidantes da dieta. E, além disso, a cafeína e os diterpenos também possuem reconhecida atividade antioxidante, que fazem com que os resultados dos estudos com a bebida sejam conflitantes devido à presença dessas substâncias com efeitos contrários, ou seja, ao mesmo tempo que antioxidantes, também tem potencial para a elevação do colesterol e para o aumento agudo da pressão arterial sistêmica.

         Portanto, apesar da dificuldade em se estabelecer uma associação mais conclusiva entre consumo de café e doenças cardiovasculares, provavelmente em função desses efeitos contraditórios, das diferentes formas de preparo da bebida e da quantidade consumida diariamente, o consumo moderado pode até mesmo ser recomendável, em virtude de um efeito inócuo ou modesto sobre o risco cardiovascular, senão protetor, traduzindo-se em uma prática benéfica para a saúde humana.

Postado por Letícia Andrade e Vivian Giubine

Referências

LIMA, F. A et al. Café e saúde humana: um enfoque nas substâncias presentes na bebida relacionadas às doenças cardiovasculares. Rev. Nutr., Campinas, v. 23,n. 6, p.1063-1073, nov/dez, 2010



sexta-feira, 30 de setembro de 2011

HOMOCISTEÍNA


A decisão de cuidarmos da nossa saúde esta em nossas mãos, ainda levando em conta a importância da semana do coração, discorreremos brevemente no post de hoje sobre a homocisteína.

A homocisteína é um aminoácido não essencial, há um ciclo natural da homocisteína no organismo, caso esse ciclo não for corretamente seguido, pode haver prejuízo à saúde.

Estudos sugerem que o nível de homocisteína elevado no sangue, como o de colesterol alto, aumenta o risco de doenças cardíacas, podendo evoluir para um infarto, até mesmo em pessoas jovens. Só que o índice elevado de homocisteína é considerado um fator de risco para doenças cardiovasculares muitas vezes pior e mais preciso do que o colesterol. O que agrava ainda mais o aparecimento de doenças coronarianas é que a homocisteína acelera a oxidação do LDL (o mau colesterol) aumentando ainda mais os danos vasculares. Ou seja, a concentração de colesterol pode estar normal, mas se o nível de homocisteína no sangue estiver alto, o prejuízo ao coração acontece de forma mais rápida do que se acontecer o contrário.

Vários estudos importantes foram publicados correlacionando níveis plasmáticos de homocisteína e DAC. Alguns demonstraram uma associação entre hiper-homocisteinemia e a incidência de DAC, enquanto outros relataram ausência de associação entre os dois parâmetros. Algumas razões podem explicar os resultados controversos das pesquisas envolvendo a concentração de homocisteína e DAC: os fatores que afetam os níveis plasmáticos deste aminoácido são diferentes em cada população. Fatores como hábitos nutricionais, fatores genéticos, estilo de vida e raça podem afetar a concentração da homocisteína circulante. Na população brasileira, que apresenta uma heterogeneidade de etnias, os resultados das pesquisas envolvendo níveis plasmáticos de homocisteína e DAC são igualmente controversos. Torna-se oportuno ressaltar que a maioria dos autores considera a hiper-homocisteinemia um fator de risco independente para DAC.

A homocisteína é normalmente transformada em outros aminoácidos para utilização pelo corpo, para que ocorra essa transformação são necessários elementos naturais que regulem as reações da substância no organismo. A maioria das pessoas que têm altos níveis de homocisteína não possuem, em suas dietas, quantidades suficientes de ácido fólico (ou folato), vitamina B6 (piridoxina) ou vitamina B12 (cobalamina). Consumir alimentos com estas vitaminas muitas vezes ajuda a retornar o nível de homocisteína ao normal. Outras causas possíveis de uma grande quantidade de homocisteína incluem baixos níveis de hormônio da tiróide, doença renal, psoríase, alguns medicamentos ou um fator hereditário.

Fontes de vitaminas B6 - As melhores fontes de piridoxina são: levedo, germe de trigo, carne de porco, vísceras (principalmente fígado), atum, cereais integrais, leguminosas, batatas, banana e aveia.

Fontes de vitamina B12 - As fontes mais ricas de cobalamina são fígado e rim, seguidos por leite e derivados, ovos, peixe e carnes de músculo.

Fontes de ácido fólico - O folato é amplamente encontrado nos alimentos, sendo que suas principais fontes são: fígado, feijão e vegetais frescos de folhas verde-escuras, especialmente o brócolis, espinafre e aspargo. Carne bovina magra e batata também são boas fontes.

Se ajustar a dieta não é suficiente para baixar a homocisteína, o médico pode sugerir que o paciente tome um suplemento de ácido fólico. Também pode ser preciso tomar suplemento de vitamina B-6 e B-12. Por isso é sempre importante, além de seguir uma dieta saudável e balanceada, fazer um acompanhamento médico periodicamente.


Postado por Danielle Loverri


Fontes consultadas:

LIMA, et al. Homocistéina e metilenotetrahidrofolato redutase em indivíduos submetidos à angiografia coronariana. Arq. Bras. Cardiol. v.88 n.2 São Paulo. Fev 2007.


NEVES, L. B. et al. Homocisteína. J Bras Patol Med Lab v. 40 n.5 p. 311-20. Outubro 2004


GRAVINA-TADDEI, C. F. et al. Hiper-homocisteinemia como fator de risco para doença ateroscleróticacoronariana em idosos. Arquivos Brasileiros de Cardiologia -  Volume 85, Nº 3, Setembro 2005.


HARBOE-GONÇALVES, l. Et al . Associação entre níveis plasmáticos de homocisteína e acidentevascular cerebral isquêmico. Arq Neuropsiquiatr. Belo Horizonte, MG. 2005






http://www.cfcp.com.br/a/index.asp?n=28659&lg=pt

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Os malefícios do Fast Food



Fast Food é um termo inglês que significa comida rápida. Este tipo de alimentação, surgida nos Estados Unidos, tem como característica principal a produção de lanches e acompanhamentos (batatas fritas, empanados) de forma rápida.

Na maior parte das vezes, os alimentos de Fast-Food são desprovidos de nutrientes básicos para o bom funcionamento do corpo humano, e fartos em gorduras e açúcares. A atual sociedade, na qual as pessoas têm pouco tempo para realizar atividades pessoais, inclusive para comer, produz, a cada dia, mais consumidores deste tipo de alimento, as gorduras industrializadas, o açúcar e o sal presentes em altas doses nesses alimentos aumentam o risco de obesidade, doenças cardíacas, elevam o nível de colesterol e podem ocasionar o entupimento de veias e artérias.

A obesidade é considerada uma doença crônica, multifatorial, caracterizada pelo acúmulo excessivo de tecido adiposo no organismo. É fator de risco para patologias graves, como a diabetes, doenças cardiovasculares, hipertensão, distúrbios reprodutivos em mulheres, alguns tipos de câncer e problemas respiratórios. A obesidade pode ser causa de sofrimento, depressão e de comportamentos de esquiva social, que prejudicam a qualidade de vida.
Os principais fatores de risco para doenças cardiovasculares são a hipertensão arterial, a dislipidemia, o diabetes e a obesidade, estão fortemente influenciados por alguns componentes da alimentação como:                                                                           

Ácidos graxos trans, onde sua ingestão em excesso faz crescer o risco de desenvolvimento de doenças cardíacas por aumentarem os níveis de LDL e também reduzirem os níveis de HDL. 

As principais fontes desses ácidos graxos são encontrados na composição de alimentos como: sorvetes, cookies, chocolates, pães, cremes e sobremesas aeradas, produtos de fast food ,óleos para fritura industrial e molhos para saladas.


Sal - A elevada ingestão de cloreto de sódio (sal de cozinha) faz o organismo reter mais líquidos e aumentar de volume, podendo levar ao aumento da pressão sangüínea e causar a hipertensão, responsável por infarto e acidente vascular cerebral. O consumo excessivo de sal pode também afetar os rins.


Açúcar - Uma refeição rica em calorias faz com que o corpo armazene uma parte em açúcar (glicose), que é uma fonte rápida de energia. Mas ele converte a maioria em gordura (triglicerídeos), armazenada pelo corpo para usar como energia mais tarde. Por isso, alimentos ricos em açúcar podem elevar o nível de triglicerídeos, aumentando o risco de doenças cardiovasculares.


Para verificar os efeitos de uma dieta baseada em fast-food, o norte-americano Morgan Spurlock decidiu passar um mês se alimentando exclusivamente de hambúrgueres, batatas fritas e refrigerantes – de preferência com as maiores porções disponíveis no cardápio. O resultado foram 11 quilos a mais, aumento do colesterol e sintomas variados como náuseas e fraqueza. A gordurosa saga foi registrada em Super size me - A dieta do palhaço (2004), filme que divertiu ao mesmo tempo em que chocou platéias em todo o mundo.


Além de todos esses fatores de risco já conhecidos causados pelas comidas de fast food, um trabalho do Instituto Karolinska, na Suécia, mostra que uma dieta rica em gordura, açúcar e colesterol, o trio de ingredientes de uma boa fast food, potencializa o risco de Alzheimer, doença degenerativa que compromete a memória. O estudo diz que a experiência com camundongos alimentados com esse tipo de comida revelou uma queda na produção da proteína Arc, que é responsável pelo armazenamento das lembranças.


É necessário ter bom senso ao freqüentar tais restaurantes. Ter uma alimentação balanceada, rica em nutrientes e praticar exercícios físicos mantém o corpo saudável, e quem é saudável pode dar-se ao luxo de, esporadicamente, ir a algum estabelecimento de Fast-Food. Isto não deve tornar-se uma rotina, nem substituir a alimentação básica.

Postado por Bruno Garbini e Danielle Loverri

Fontes Consultadas


KERBAUY, A. D. e KERBAUY, R. R. OBESIDADE:REALIDADES E INDAGAÇÕES. Psicol. USP vol.13 no.1 São Paulo  2002.

RIQUE, A. B. R. et al. Nutrição e exercício naprevenção e controle das doenças cardiovasculares. Rev Bras Med Esporte Vol. 8, Nº 6 – Nov/Dez, 2002.





sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Carne suína sem preconceitos!


As doenças cardiovasculares começam geralmente sob forma de arteriosclerose que é uma condição na qual depósitos de gordura contendo colesterol desenvolvem-se em forma de placas no interior das artérias.

Para evitar estes depósitos de gordura, tem sido recomendado redução no consumo de gorduras saturadas e colesterol e como os produtos de origem animal contêm estas substâncias, normalmente é alvo de inúmeras críticas, porém sem uma base científica.

A redução no consumo de produtos de origem animal, visando redução do colesterol e gorduras, reduz também o consumo de proteínas de alto valor biológico, cálcio, ferro, vitamina B12 e outras vitaminas, entre outros.

Em uma pessoa saudável mesmo com uso de dietas ricas em colesterol o nível de colesterol sanguíneo é pouco afetado porque o organismo diminui a síntese de colesterol e reduz sua absorção intestinal. Porém, em algumas pessoas incapazes de controlar sua síntese, por predisposições genéticas ou expostas a uma série de fatores de risco (sedentarismo, obesidade, fumantes, consumo excessivo de álcool), o controle da ingestão de colesterol deve ser realizado.

A composição das carnes vermelhas é bastante semelhante, pois são músculos de mamíferos. Há diferenciação no percentual de gordura, a qual é dependente da alimentação do animal, forma de criação, tipo de corte e de preparo. A parte gorda das carnes é importante fonte de gordura na dieta e, a parte magra, é fundamentalmente proteína de alto valor biológico.

As carnes também são importante fonte de nutrientes inorgânicos de alta biodisponibilidade como zinco, cobre, selênio e ferro. Constituem-se ainda em importante fonte de Vitaminas B12, A, B6, Riboflavina (B2), Tiamina (B1), Niacina, etc.

A Carne Suína é um importante alimento pela provisão de inúmeros nutrientes e sabor agradável, tem espaço claro, sob ponto de vista nutricional, em dietas equilibradas. A escolha deve ser feita de acordo com a preferência individual, sem sofrer desestímulo ao consumo por parte dos profissionais que atuam na área da saúde.

Nos modelos atuais de criação de suínos, os percentuais de gorduras entre as diferentes carnes são muito semelhantes: entre 5,1 a 7,1 % nos cortes magros de gado, suíno e ovelha. Também o percentual de proteínas é bastante semelhante entre as carnes "vermelhas": gado, 20,3 % e suíno, 20,8 %.

Nível de colesterol em alguns cortes

Carnes magras (por 100 g)
Filé de frango 98 mg
Pernil suíno 102 mg
Carne magra de vaca 123 mg


Carnes gordas (por 100 g)
Frango inteiro com pele 180 mg
costela suína 198 mg
costela de boi 289 mg


Fonte: Andrea Galante, diretora da Associação Paulista de Nutrição (Apan); Izilda Georgia C. Rossi, vice-presidente do Sindicato dos Nutricionistas do Estado de São Paulo; Valmir Costa da Rosa, superintendente da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS); Solange G.C. Brazaca, nutricionista do Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição da Escola Superior Luiz de Queiróz (ESALQ-USP); Luiz Gonzaga do Prado Filho, professor de Ciência e Tecnologia de Alimentos da ESALQ-USP.



Ainda hoje, a maioria das pessoas tem uma visão do “porco”, quando hoje já está sendo produzido o “suíno”. O suíno moderno é exigente, sendo estabelecida a criação em instalações confinadas, sem acesso direto a terra, extremamente limpas e desinfetadas com rigor. Devido aos avanços tanto das instalações como de manejo, a sanidade melhorou significativamente, proporcionando uma condição ótima para as granjas.

Atualmente, a carne suína passou a apresentar mais de 60% de carne magra na sua carcaça e apenas 1,5 a 1 centímetro de gordura de espessura de toucinho. Por exemplo, ao consumir 100g de lombo cozido ou assado, um ser humano estaria ingerindo apenas 6,7 gramas de gordura, o que representa menos de 10% do máximo a ser ingerido por dia e 72,8 mg de colesterol que é menos de 25% do máximo permitido de acordo com as exigências da “AmericanHeart Association”.

É evidente que os cortes que privilegiam a camada adiposa do animal, como o toucinho, por exemplo, permanecem com maior teor de gordura e colesterol que a carne bovina, o que deve ser evitado na rotina alimentar de indivíduos que se preocupam com a prevenção de doenças.

Nas diferentes espécies animais, o músculo magro tem uma composição relativamente constante em relação ao conteúdo de proteínas, gorduras, minerais e água. A gordura é a principal variável. Nos suínos, esta variação pode ser de 8% a 55% em função de vários fatores, dentre eles: a idade, o sexo, a raça, o manejo e a alimentação do animal. Em relação à idade, animais mais jovens contêm maior proporção de umidade e menor teor de gordura, proteínas e minerais do que os adultos. Os jovens são menos predispostos ao acúmulo de gordura subcutânea e intermuscular. Quanto ao sexo, as fêmeas têm menor predisposição do que os machos inteiros para a formação de gordura, sendo que os castrados tendem mais ao acúmulo de gordura.

O lombo suíno é um potencial aliado ao controle da pressão arterial, pois além de baixo teor de gorduras saturadas e colesterol, contêm menor teor de sódio que as demais carnes e maior teor de potássio.

Podemos concluir dizendo que a carne suína atualmente disponível no mercado não merece os conceitos errôneos apontados pela população brasileira, com relação a perigos pra a saúde, nem quanto a sua composição nutricional. Mas que na verdade trata-se de um alimento nutritivo, saboroso e saudável que, assim como as outras carnes nunca deveria perder espaço na mesa do consumidor.

No entanto é imprescindível a contribuição dos profissionais da área na divulgação e esclarecimento dos mitos que ainda permanecem em relação ao seu consumo.


Receita

Lombo de Porco Light Com Ameixa e Damasco

Ingredientes

·         1 1/2kg de lombo de porco sem gordura
·         sal
·         alho socado
·         cominho a gosto
·         pimenta-do-reino a gosto
·         alecrim a gosto
·         100g de damasco cristalizado picado grosseiramente
·         100g de ameixa em calda picada grosseiramente
·         150g de requeijão cremoso light
·         60ml de óleo de milho


Modo de preparo

Limpe o lombo de porco retirando a capa de gordura e em seguida abra-o em um grande bife. Depois de aberto, tempere com o sal, alho, cominho, pimenta, alecrim, enrole-o e reserve.
Em um recipiente, coloque os damascos e as ameixas picadas grosseiramente e adicione o requeijão cremoso light e misture. Abra o lombo e espalhe esta mistura de forma homogênea e em seguida enrole-o e passe barbante em todo lombo.
Pegue uma assadeira de borda alta, forre com papel alumínio e ponha o lombo, polvilhe um pouco de alecrim seco por cima, 60ml de óleo de milho e leve ao forno alto, já pré-aquecido, durante 40 minutos. Depois tire o papel alumínio e deixe dourar. Servir ainda quente.
                                               
Postado por Bruno Garbini e Danielle Loverri


Fontes consultadas:


FALLEIROS, F. T. et al. A desinformação como obstáculo ao consumo da carne suína in natura. Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural. Rio Branco – Acre. Julho de 2008.

DIEHL, G. N. Mitos e verdades da carne suína. Informativo Técnico N° 03/Ano 02 Governo do Estado do Rio Grande do Sul, RS. março de 2011.


TRAMONTINI, P. Consumo da carne suína a experiência brasileira. 5º Seminário Internacional de Suinocultura. Setembro de 2000.


BRAGAGNOLO, N. RODRIGUEZ-AMAY, D. B. Teores de colesterol, lipídios totais e ácidos graxos em cortes de carne suína. Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, jan.-abr. 2002.




segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Pistache X Doenças Cardiovasculares



As oleaginosas são frequentemente pesquisadas devido às gorduras benéficas que possuem e aos minerais que fornecem, porém a mais famosas são as castanhas, nozes e amêndoas. 

O pistache também faz parte da família das oleaginosas e possui um perfil único de antioxidantes e ácidos graxos. Comparado com as outras, o pistache é o que fornece maior quantidade de fitoesteróis, além disso é rico em potássio, luteína, beta-caroteno e selênio. 

Os fitoesteróis são substâncias contidas em alguns vegetais (soja, oleaginosas) que possuem a estrutura química semelhante à do colesterol. Os estudos demonstram um possível efeito na redução do colesterol sérico, pois os fitoesteróis inibiriam a sua absorção pelo intestino. 

Um estudo utilizando dietas com teor reduzido de gordura (dieta controle, dieta com uma porção de 32- 63g de pistache e dieta com 63- 123g de pistache, onde o pistache representou de 10 a 20% do total calórico da dieta) resultou em redução significativa do LDL colesterol. A redução verificada foi dose dependente, ou seja, no grupo que recebeu uma porção maior de pistaches, houve maior redução dos níveis de LDL colesterol e a dieta controle não apresentou nenhuma modificação no perfil lipídico dos participantes. Outros estudos também verificaram redução no LDL colesterol, porém a dieta dos participantes não foi controlada, o que diferencia este estudo dos demais. 

Os pesquisadores também avaliaram as apolipoproteínas. As apolipoproteínas são proteínas que constituem as lipoproteínas (LDL, HDL, quilomícrons, IDL e VLDL), sendo que a apoB está diretamente relacionada ao LDL e a apoA ao HDL. Estudos sugerem que as concentrações de apoB e a relação apoB/apoA seriam melhor indicador de risco cardiovascular em comparação aos níveis de LDL. No estudo, os resultados também mostraram menor concentração de apoB nas dietas que continham o pistache. 

Um novo estudo dos mesmos autores realizado de forma similar, verificou os níveis séricos de antioxidantes e a concentração de LDL-oxidada em relação à dieta com pistache. Os resultados encontrados foram positivos, sendo que as concentrações de LDL-oxidada apresentaram-se menor e os antioxidantes apresentaram maior concentração em relação à dieta controle. 

Assim, acrescentar pistache à dieta seria uma boa maneira de reduzir as chances de doenças cardiovasculares. 

Confira abaixo a composição nutricional do pistache:

Pistache (cru)
1 porção (28 g)
Calorias
159 kcal
Carboidratos
7,8g
Proteínas
5,8g
Lipídios totais
12,9g
Gorduras saturadas
1,6g
Gorduras poli-insaturadas
3,9g
Gorduras monoinsaturadas
6,8g
Fitoesteróis
60,7mg
Cálcio
30mg
Ferro
1.1 mg
Sódio
0 mg
Potássio
291 mg
Magnésio
34mg
Fósforo
139mg
Zinco
0,6mg
Cobre
0,4mg
Manganês
0,3mg
Selênio
2mg
Vitamina E
7,3mg
Vitamina A
118mg
Vitamina C
1,6mg

Fonte: http://www.nuthealth.org/assets/Documents/191-Tree-Nuts-Special.pdf#page=10


Postado por: Marcelle Comenale

Fontes consultadas:
GEBAUER, S.K. et. al. Effects of pistachios on cardiovascular disease risk factors and potential mechanisms of action: a dose-response study. American Journal of Clinical Nutrition, Vol. 88, No. 3, 651-659, September 2008.

KAY, C. D. et al. Pistachios Increase Serum Antioxidants and Lower Serum Oxidized-LDL in Hypercholesterolemic Adults. J. Nutr. 140: 1093–1098, 2010. 

FORTI, Neusa; DIAMENT, Jayme. Apolipoproteínas B e A-I: fatores de risco cardiovascular?. Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo, v. 53, n. 3, June 2007.

FREITAS, Jullyana Borges; NAVES, Maria Margareth Veloso. Composição química de nozes e sementes comestíveis e sua relação com a nutrição e saúde. Rev. Nutr., Campinas, v. 23, n. 2, Apr. 2010 .

sábado, 13 de agosto de 2011

Flavonóides e Doenças cardiovasculares




Os flavonóides são uma classe de compostos fenólicos que diferem entre si pela sua estrutura química e características particulares. Frutas, vegetais, grãos, flores, chá e vinho são exemplos de fontes destes compostos.

Várias propriedades terapêuticas dos flavonóides têm sido estudadas nas últimas décadas, destacando-se o potencial antioxidante, anticarcinogênico e seus efeitos protetores aos sistemas renal, cardiovascular e hepático.

As doenças cardiovasculares destacam-se, nos dias atuais, como a mais freqüente causa de óbito. A patogenia mais encontrada das doenças cardiovasculares é, indiscutivelmente, a aterosclerose coronária, que pode acometer inclusive pacientes jovens.

A incidência de coronariopatia é, em geral, dependente da prevalência de seus fatores de risco. Quanto maior a presença de fatores de risco para a aterosclerose, maior a probabilidade de incidir uma coronariopatia. A aterosclerose é uma doença multifatorial que se inicia na infância, entre 5 e 10 anos de idade, e se desenvolve ao longo dos anos. Dentre os fatores de risco mais freqüentes estão a hipercolesterolemia, o hábito de fumar, a hipertensão arterial (HA), a hipertrigliceridemia, o excesso de peso e a história familiar de cardiopatia isquêmica.

A uva, o vinho e os produtos derivados da uva contêm grande quantidade de componentes fenólicos que agem como antioxidantes. Eficácia dos flavonóides da uva, consumo desses flavonóides está associado ao risco reduzido de eventos coronários, e a ingestão de produtos da uva, incluindo vinho tinto e suco de uva roxa, inibe a agregação plaquetária. Em pacientes com Doença Arterial Coronariana estas bebidas mostraram um efeito antioxidante potente, pois melhoraram a função endotelial, induziram a vasodilatação dos vasos arteriais e inibiram a oxidação do colesterol LDL. Essas propriedades antioxidantes são atribuídas à presença dos polifenóis na casca e sementes da uva.

O vinho tinto tem recebido atenção especial devido a seus componentes fenólicos inibirem fortemente a oxidação do colesterol LDL in vitro. Como a oxidação deste lipídio tem papel  importante no desenvolvimento da doença cardiovascular aterosclerótica. O consumo moderado do vinho tinto foi associado à redução na incidência de eventos cardiovasculares, pois seus componentes, os flavonóides, estão implicados nos benefícios cardiovasculares devido a sua habilidade em inibir a função plaquetária.

O suco de uva também é um antioxidante poderoso, mas existem controvérsias quanto a sua eficácia. Os efeitos antioxidantes foram demonstrados in vitro, onde ocorreu redução da oxidação do colesterol LDL e melhora do fluxo médio de vasodilatação (FMD) em pacientes com Doença Arterial Coronariana.
Os flavonóides presentes no suco de uva, como a catequina, epicatequina, quercetina e antocianinas, são fontes ricas de antioxidantes, e estudos in vitro mostraram atividade eficaz na inibição do colesterol LDL

A capacidade de inibição da oxidação do colesterol LDL pela atividade antioxidante do vinho tinto e do suco de uva foi testada em um estudo randomizado in vitro com 20 homens saudáveis, com idade média de 56 anos, no qual a oxidação catalítica do colesterol LDL foi determinada na presença de vinho tinto, suco de uva e outras bebidas alcoólicas. Suco de uva e vinho tinto inibiram significativamente a oxidação do colesterol LDL in vitro. O mesmo experimento in vivo contou com a participação de 20 voluntários (8 homens e 12 mulheres) com idade média de 29 anos, que consumiram vinho tinto (300 ml), suco de uva (300 ml) em 30 a 45 minutos; amostras de sangue foram coletadas antes e depois da ingestão destas bebidas. A atividade antioxidante foi significativa na inibição da oxidação do LDL-C com vinho tinto, mas não com suco de uva, embora o conteúdo de flavonóides fosse maior nesta bebida. Os autores concluem que o efeito antioxidante do vinho tinto e do suco de uva in vitro foi associado à abundância de flavonóides destas bebidas. In vivo isto foi demonstrado com o vinho tinto, mas não com o suco de uva. Estes pesquisadores sugerem que os flavonóides do vinho tinto são melhor absorvidos no intestino do que os do suco de uva.

As organizações oficiais manifestam-se de forma cautelosa sobre o assunto. Segundo a AHA (American Heart Association, disponível em ) o consumo moderado de vinho está associado com a redução de doenças cardiovasculares, recomendando duas doses por dia para homens e uma dose por dia para mulheres. Estas recomendações equivalem a 90-120ml por dia de vinho, que deve ser consumido com uma refeição. Ressaltam que a bebida alcoólica não deve ser usada como prevenção única, pois pode desencadear outras doenças, assim recomenda-se antes de iniciar qualquer alteração a dieta, devemos consultar um profissional da saúde especializado.


Postado por: Bruno Garbini e Danielle Loverri


Fontes consultadas: 


ZOFFI R.S.G; ZIELINSKY P. Fatores de Risco de Aterosclerose na Infância. Um Estudo Epidemiológico. Porto Alegre, RS Arq Bras Cardiol, volume 69 (nº 4), 231-236, 1997


GIEH M.R. et al. Eficácia dos flavonóides da uva, vinho tinto e suco de uva tinto na prevenção e no tratamento secundário da aterosclerose. Scientia Medica, Porto Alegre, v. 17, n. 3, p. 145-155, jul./set. 2007

BEHLIN E.B. et al. FLAVONÓIDE QUERCETINA: ASPECTOS GERAIS E AÇÕES BIOLÓGICAS. Alim. Nutr., Araraquara, v. 15, n. 3, p. 285-292, 2004